Evento expôs análises conceituais e técnicas do momento da transformação e de transição da indústria automobilística brasileira, o futuro da mobilidade e dos profissionais do setor
Sociedade 5.0 e os desafios da mobilidade foram os principais temas debatidos durante o SIMEA 2021 – Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva, em sua 28ª edição, ocorrido nos dias 17 e 18 de março, pela primeira vez em plataforma online, com mais de 1.000 inscritos e participação efetiva de 643 profissionais e executivos da cadeia automotiva brasileira e internacional no primeiro dia e 586 no segundo dia.
Sob o macrotema “A revolução da mobilidade na sociedade 5.0”, o SIMEA 2021, em sua sessão solene, o presidente da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Besaliel Botelho, destacou o papel da entidade, do simpósio e dos engenheiros brasileiros para o setor automobilístico nacional, cuja linha de raciocínio foi complementada pelo discurso de Carlos Zarlenga, presidente da General Motors América do Sul e presidente de honra do SIMEA 2021, para quem o Brasil precisa debater, com urgência, caminhos tecnológicos e investimentos setoriais que vão definir o futuro da indústria local.
José Gustavo Sampaio Gontijo, secretário-substituto de Empreendedorismo e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por sua vez, enfatizou a importância industrial e econômica do setor automotivo brasileiro, para quem tecnologia e inovação são primordiais no desenvolvimento setorial e destacou que o Governo está atento e à disposição para dialogar com o setor privado.
Uma das apresentações mais aguardadas do SIMEA 2021, a da keynote speaker Yuko Harayama, diretora executiva da consultoria japonesa Riken e uma das maiores autoridades mundiais em sociedade 5.0, mostrou o case nipônico, com destaque especial sobre o processo de conscientização das pessoas em relação à organização estrutural da sociedade.
Na sequência, o evento mostrou em seu primeiro painel, com o tema “Sociedade 5.0 e os desafios da mobilidade”, as apresentações de William Chernicoff, senior manager – Global Research & Innovation, da Toyota USA Mobility Foundation; de Ricardo Augusto Martins, vice-presidente da Hyundai Motor Central & South America; e de Umut Genc, da Eatron Technologies. Durante a sessão de debates, moderada por Raquel Cardamone, da Bright Cities, os três painelistas deram um show à parte, com argumentos técnicos e econômicos que atenderam às expectativas dos internautas conectados.
Ainda no primeiro dia, no período da tarde, o SIMEA 2021 trouxe uma rodada de palestras técnicas, a começar por “Tecnologia de combustíveis e sustentabilidade”, de Roberto F. Ardenghy, diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras; “A tecnologia dos elétricos nas pistas de corrida do mundo”, com Maurício Slaviero, da FIA/ETCR – Electric Touring Car Race; e “Melhorando o trânsito com Waze Carpool”, de Douglas Tokuno, head of Waze Carpool LATAM, Waze.
2º dia – O painel 2, com a temática “As novas tecnologias e o perfil do profissional da mobilidade”, teve participação de David Dias, diretor da Accenture Technology. Autor da palestra “Tecnologias: Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Veículos Autônomos”, Dias comentou sobre o cenário dos carros autônomos em 2025, os quais terão automação nível 3, ou seja, com a necessidade do ser humano como coadjuvante neste processo, apesar do veículo dirigir sozinho.
“Melhor dos mundos é a combinação da máquina com o julgamento humano que pressupõe também outras questões como cultura , estratégia, valores etc. E isso associado à tomada de decisão da Inteligência Artificial gera melhores práticas e resultados”, afirmou Dias.
O head do Área Automotiva em Desenvolvimento de Negócios da Williams Advanced Engineering, Dyrr Ardash, em apresentação “Caminho para o veículo elétrico: da faísca para a evolução” trouxe ao público quatro tecnologias de alta performance para pacotes de bateria e enfatizou os esforços da indústria na busca por fontes de energia alternativas para lidar e trazer respostas à sociedade.
Para Ardash, “a eletrificação é a chave para o futuro da propulsão automotiva e as alternativas de energia em pesquisa precisam ser sustentáveis e, ao mesmo tempo, atender às exigências do consumidor final para manter a confiança na eletrificação”.
“A Inteligência Artificial agrega valor no topo dos esforços de digitalização e segue uma abordagem capaz de aprimorar os processos de desenvolvimento e as especificações do produto”, disse Gerhard Schagerl, diretor de Inteligência de Dados da AVL, em palestra “Inteligência Artificial – Aplicações em todo o ciclo de desenvolvimento do produto”. O Painel 2 foi encerrado após debate entre os palestrantes, mediado pelo editor do Jornal do Carro/Estadão, Tião Oliveira.
A coordenadora geral de Transformação Digital do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Eliana Emediato, trouxe a apresentação “As novas tecnologias e as políticas de governo” e comentou sobre as iniciativas para a transformação digital. “Na Câmara da Indústria 4.0, o objetivo é de incentivo para a produção de itens mais complexos, além de aumentar a produtividade da indústria nacional a partir de modelos de negócios inovadores e maior cooperação das cadeias produtivas”.
No capital humano, o propósito é dispor de recursos humanos qualificados para atuarem no ambiente da Indústria 4.0 e no desenvolvimento de tecnologias relacionadas; enquanto na pauta da cadeia produtiva e fornecedores, o foco é na promoção da aplicação de tecnologias habilitadoras e soluções para a Indústria 4.0 em empresas de todos os portes visando o aumento da produtividade”, afirmou a coordenadora.
O tema “Navegando pelos novos regulamentos automotivos de segurança cibernética” foi apresentado por Bryan Blancke, consultor sênior de Segurança e Testador de Penetração Automotiva da ESCRYPT América do Norte. Segundo Blancke, a ciber segurança tornou-se um fator crítico de sucesso empresarial e será obrigatório na União Europeia e em outros mercados em 2022.
A AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo ser um fórum neutro de discussão sobre questões estratégicas relativas à engenharia automotiva nacional com envolvimento direto da indústria automotiva, de órgãos governamentais, instituições de ensino e de pesquisa, entidades internacionais e a sociedade em geral.
A entidade conta com um sólido histórico de mais de 30 anos de grandes contribuições para o desenvolvimento da engenharia automotiva e das políticas públicas do setor, com a ação sustentada em pilares como conhecimento científico, tecnologia, competitividade, qualidade, autonomia e sustentabilidade.
Única associação 100% nacional no segmento, hoje a AEA está consolidada no setor automotivo como um centro catalisador de soluções. Atualmente, a entidade conta com mais de 70 empresas associadas, provenientes de diversos segmentos do setor automotivo que participam ativamente de comissões técnicas, grupos de trabalho, workshops, eventos, cursos e projetos voltados para o desenvolvimento da engenharia automotiva nacional.
Para mais informações, acesse o site www.aea.org.br.
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