A grande procura por motos levou a Fenabrave a rever para cima a projeção do segmento. A entidade que reúne as associações de concessionários prevê 1,35 milhão de motocicletas emplacadas até o fim do ano, resultando em alta de 16,7% sobre 2021. A nova estimativa foi divulgada pela entidade na terça-feira, dia 5. Em janeiro a previsão era de 1,23 milhão de unidades e acréscimo de apenas 6,2% sobre os licenciamentos de 2021.
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Se a alta se confirmar, o setor de duas rodas terá o melhor ano desde 2014 e será o único entre os veículos a registrar aumento de vendas consistente neste ano, já que as novas projeções da Fenabrave preveem crescimento zero para caminhões, automóveis e comerciais leves e ligeiro crescimento de 2,8% para os ônibus.
Até outubro de 2021 essa taxa de aprovação era próxima a 50%.
1º semestre é o melhor desde 2015
As vendas em junho somaram 120,9 mil motos, resultando em queda de 9,4% em relação a maio, que teve mais dias úteis e foi o melhor mês do ano. Mas a média diária de vendas em junho permaneceu próxima a 6 mil unidades, como no mês anterior. O acumulado dos seis meses já teve 636,7 mil motos licenciadas, o melhor resultado para o período em sete anos. Na comparação com a primeira metade de 2021 houve alta de 23,1%.
Nestes seis meses a Honda vendeu no País 486,4 mil motos, 25% a mais que no mesmo período do ano passado. A Yamaha, segunda colocada, teve 104,5 mil motos entregues, mas cresceu apenas 9,4% no período. Chama a atenção o acréscimo de 100,7% nas vendas da terceira colocada, a Shineray, com 10,7 mil motos licenciadas no primeiro semestre.
É provável que essa alta seja ainda maior, já que é comum ver modelos de 50 cc desta marca rodando sem placa, seja por falta de informação ou de fiscalização. Desde o segundo semestre de 2015, todos os modelos com cilindrada até 50 cc (ciclomotores) devem ser emplacados no País. Até então, algumas cidades permitiam que eles rodassem sem ser emplacados.
Em 2015 e parte de 2016 houve uma corrida para legalizar modelos novos e antigos, mas desde a chegada da pandemia, em 2020, houve um crescimento das vendas dessas “cinquentinhas”, mas o aumento das entregas não foi acompanhado pelos licenciamentos.
Fonte: Automotive Business