Mercado de caminhões usados está aquecido e com preços nas alturas
Usados valorizam acima de dois dígitos mesmo depois de três anos. Selo Maior Valor de Revenda será entregue dia 21
Apesar do comportamento muito mais racional do consumidor na hora da compra, o setor de caminhões também sofre de forma vigorosa o aumento dos preços no mercado de usados, provocado principalmente pela alta dos preços de tabela do veículo zero quilômetro.
Segundo Marco Saltini, que é diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Volkswagen Caminhões e ônibus e vice-presidente da Anfavea, a falta de microprocessadores – que não foi um grande problema para o setor em 2021 (ao contrário do setor de automóveis) – atingiu em cheio as montadoras de caminhões no início deste ano, prejudicando a produção.
Mesmo assim, o setor conseguiu manter um ritmo de crescimento, mantendo o bom momento, o melhor dos últimos cinco anos.
Como se trata de uma venda técnica, ao comercialização de caminhões não sofreu muito aumento de preços fora da tabela, como tem sido registrado no setor de autos. Mas, com a falta de OK nas concessionárias, muitos consumidores migraram para o mercado de usados, provocando uma alta expressiva nos preços, conforme Estudo de Mercado da Agência Autoinforme, que faz o levantamento e a comparação dos preços de caminhos e utilitários usados nos últimos três anos. A evolução dos preços – em sua maioria acima dos dois dígitos – é o indicador da certificação Maior Valor de Revenda, que registra os modelos que mais valorizaram no período 2019-2023.
Os ganhadores por categoria, bem como os campeões gerais de valorização no setor de Caminhões e Utilitários de Carga, serão homenageados no evento de premiação marcado para o próximo dia 21 de junho, quando haverá, pela primeira vez pós pandemia, o encontro presencial dos vencedores, dirigentes e convidados da indústria automobilística.
Em maio foram vendidos 10.319 caminhões, um crescimento de 10,7% em relação a abril e queda de 9,7% em relação a maio do ano passado. No acumulado do ano a situação é de estabilidade, com 46.450 unidades, contra 46.922 no período janeiro a maio de 2021.
Fonte: AutoInforme
