Ford Transit terá câmbio automático e versão elétrica

A Ford confirmou a chegada de novas configurações para a linha Transit. As novidades são a oferta do câmbio automático, a estreia da carroceria chassi-cabine e a aguardada versão elétrica. Todas as estreias acontecerão em 2023, mas os lançamentos poderão ser vistos de perto na Fenatran, que acontecerá entre os dias 7 e 11 de novembro, em São Paulo.

“Aproveitamos nossa liderança global para trazermos o mesmo produto com a mesma qualidade e a mesma tecnologia oferecida nos mercados mais maduros”, declarou Guillermo Lastra, diretor de veículos comerciais da Ford América do Sul.

Quem chega primeiro é a Transit montada no Uruguai com caixa automática de 10 marchas, que estreia já no primeiro semestre de 2023. A transmissão fabricada nos Estados Unidos é a mesma utilizada em dois dos modelos mais icônicos da Ford: a picape F-150 e o esportivo Mustang.

“A Transit automática estreia para atender uma necessidade de mercado ao reduzir custos de operação, diminuir o cansaço do motorista e baixar os custos de manutenção. Então conseguimos atender esse desejo do cliente e ainda ser pioneiros no segmento”, celebrou Guillermo.

A transmissão será ofertada em duas versões do modelo da Ford para passageiros (com 15 e 18 lugares) e na configuração Furgão L3H3, com 12,4 m³ de área útil de carga e capacidade para levar 1.151 kg. A Transit, inclusive, será a primeira van da categoria com opção de câmbio automático.

Versão elétrica da Ford Transit a partir de junho

Já no segundo semestre chegam mais duas novidades: a configuração chassi-cabine (chamada apenas de Chassi pela Ford e também montada pela Nordex no Uruguai) e a E-Transit. Fabricada na Turquia, esta versão zero combustão é movida por um motor elétrico de 269 cv e 43,8 kgfm de torque instantâneo.

A bateria de 68 kWh promete 317 km de autonomia e apenas 35 minutos de recarga em uma estação rápida de 115 kW. O plugue é do tipo 2, padrão europeu que se tornou o mais comum nas estações brasileiras. Mesmo sem revelar valores, a Ford afirmou que o custo operacional da versão elétrica chega a ser 40% menor em relação a uma Transit movida a combustão.

A E-Transit será importada em três versões de acabamento, todas com PBT (de Peso Bruto Total) abaixo de 3,5 toneladas para que possa ser conduzida por qualquer motorista com CNH do tipo B.

Linha pode crescer no futuro

Desde o final de 2021, quando foi iniciada a produção da Transit no Uruguai, a Ford já contabiliza mais de 1.300 unidades comercializadas no Brasil. A empresa afirma que, embora a divisão das vendas seja quase igual entre as versões Minibus e Furgão, a configuração para transporte de cargas possui participação ligeiramente maior.

“A divisão de veículos comerciais representa um pilar estratégico dentro da Ford desde a sua criação, seja na América do Sul ou no resto do mundo. Então começamos com o lançamento da Transit nas versões Minibus e Furgão, mas sempre com a visão de nos tornarmos líderes entre os veículos comerciais como já somos na Europa e nos Estados Unidos. O lado bom dessa liderança global é que podemos trazer os melhores produtos e serviços para atender o cliente no Brasil”, analisou Guillermo.

O executivo destacou a importância da nova carroceria do tipo chassi-cabine para incrementar as vendas da Transit no país.

“Nós trabalhamos para ter a configuração de chassi-cabine, que representa 40% do mercado total de comerciais. Então entrando nesse segmento ficamos em uma posição importante que nos permitirá seguir crescendo”.

Perguntado sobre a possibilidade de ampliar a gama de produtos da Ford Pro (nome global da divisão comercial de veículos da empresa), Guillermo não descartou novos lançamentos nos próximos anos.

“A chegada dessas novidades só confirma que estamos sempre vendo as oportunidades de mercado e as necessidades do cliente para oferecer o melhor produto e a melhor proposta para o cliente. Nós temos uma prateleira completa de produtos para escolher e só precisamos fazer as escolhas certas para atender os consumidores no Brasil. Além do veículo de duas toneladas que já comercializamos, estamos estudando o mercado porque sabemos da existência de outras oportunidades de ESG que podemos atender”, concluiu o diretor.

Fonte: Automotive Business