Venda diária de motos atinge a melhor média de 2022
Novembro veio forte, com mais de 123 mil motocicletas, e segmento deve alcançar projeção anual de 1,35 milhão de emplacamentos (Por Mário Curcio, para AB)
A venda de motos veio forte novamente em novembro, somando 123,2 mil unidades. O resultado foi o terceiro melhor do ano (atrás de maio e setembro) e registrou a melhor média diária deste ano, 6.160 unidades emplacadas.
O acumulado até novembro teve 1,23 milhão de motocicletas licenciadas, o que indica alta de 17,7% na comparação com iguais meses do ano passado. Os números foram divulgados pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários.
Vendas diárias de motos ainda não suprem demanda
“Mesmo com a retomada da produção pela indústria, a demanda não está sendo totalmente atendida, o que deve manter o bom desempenho no futuro”, afirma o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, referindo-se às filas de espera, que passam de 30 dias para alguns modelos.
A expectativa da Fenabrave e também da Abraciclo (que reúne os fabricantes de motos) é encerrar o ano com 1,35 milhão de unidades. É provável que isso ocorra porque faltam 120 mil motos, dezembro terá 22 dias úteis e as fábricas se esforçam para abastecer as revendas, com média de produção acima de 140 mil unidades nos meses mais recentes.
Honda é o retrato do mercado
As vendas da Honda de janeiro a novembro somaram 935,9 mil motocicletas, alta de 17,7% na comparação com iguais meses do ano passado. Note que o crescimento é o mesmo registrado pelo mercado como um todo. São feitas pela Honda as cinco motos mais vendidas no mercado. E sua fatia de mercado se mantém acima de 76%, como no ano passado.
As vendas da Yamaha no acumulado até novembro somaram 198,6 mil motos e indicam alta de 8,5%. A falta de componentes importados atrapalhou sua produção, em especial no primeiro semestre. Não fosse isso, teria crescimento mais próximo ao da Honda. A moto Yamaha 150 Factor/Fazer ocupa a sexta colocação no ranking geral, com 38,3 mil unidades licenciadas até novembro.
Em terceiro lugar se consolida a Shineray, que teve 20,2 mil motos emplacadas no ano e acumula alta de 63,2% sobre iguais meses do ano passado. Os números da marca chinesa deveriam estar bem acima das 20 mil motos, mas a maior parte do que ela vende no Brasil são modelos com motor de 50 cc, que nem sempre são emplacados por falta de fiscalização e, às vezes, de informação.
Fonte: Automotive Business
