Veículos elétricos, drones e conectividade são tendências para a logística para o futuro

Segundo convidados da #ABPlan 2022, crescimento do e-commerce durante a pandemia incentivou busca por novos modais (Por Natália Scarabotto, AB)
Veículos elétricos, drones e conectividade são tendências para a logística para o futuro

As principais futuras tendências no setor de logística incluem veículos elétricos, drones e conectividade para gestão de frotas, segundo os palestrantes do #ABPlan – Planejamento Automotivo 2022, apontaram na quarta-feira, 27, em evento online organizado por realizado por Automotive Business.


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Os convidados do painel “Logística conectada e autônoma: as soluções emergentes para o transporte” foram Aline Rapassi, gerente de produto da Mercedes-Benz Vans; Mauro Tanure, diretor de engenharia da Speedbird Aero; e Antonio Cammarosano, diretor de serviços e pós-vendas, da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Segundo eles, o setor de logística passa por uma transformação, impulsionada pela pandemia e o grande crescimento do e-commerce, desde quando começou o período de isolamento e distanciamento social.

Drones de entrega ganham destaque

Com isso, os grandes players do comércio on-line, como Ifood, Amazon e Mercado Livre, aceleraram a busca por soluções mais rápidas para entregas. O drone autônomo não tripulado é um modal que tem se destacado.

“Entregas onde não tem uma ponte, onde depende de balsa, onde o trânsito é extremamente caótico, a logística aérea não tripulada pode ser um ganho econômico e expressivo de mercado”, disse o engenheiro da Speedbird.

Ele ressaltou ainda que a operação com drone é mais barata e atende qualquer tipo de segmento. “Em caso de produtos médicos que precisam de envio imediato, o que às vezes seria feito por um helicóptero com alto custo operacional, hoje estamos fazendo com drone a um custo bem menor”, disse. “No last mile (última milha), o drone pode fazer entrega de qualquer tipo de produto. Já temos clientes como Ifood, Ambev e laboratórios, players que estão buscando explorar novos modais, não buscando apenas resultado financeiro.”

Em Aracajú, a Speedbird opera com um drone que decola de um shopping para um hub de distribuição final. O percurso que de automóvel demoraria 35 minutos, sem trânsito, é feito em apenas 5 minutos com a aeronave. O equipamento certificado da empresa transporta cargas de até 2,5 kg em até 3 km de distância. “É o menor modelo já certificado”, afirmou Tanure.

Caminhões e comerciais leves elétricos

Assim como os drones, os veículos comerciais leves ganharam espaço para levar com mais rapidez as entregas no last mile, melhorando a experiência do cliente. “A Sprinter atua muito nesse mercado”, conta Aline, citando a van da Mercedes-Benz. “O operador busca soluções mais ágeis que sejam confiáveis em questão de prazo de entrega, rastreamento de carga, localização de cada pedido” porque a entrega rápida é uma exigência dos clientes, explicou a gerente de produto de vans da companhia.

Ela aponta que a eletrificação chegou aos comerciais leves, mas tende a crescer só daqui alguns anos. “Acho que não vamos virar essa chave [no setor] tão rapidamente para eletrificação. Ainda precisamos de infraestrutura, de reflexão sobre o descarte de baterias, autonomia dos veículos… é relativamente novo e tem muito para amadurecer. A Mercedes acredita muito nisso.” 

Nos caminhões pesados a eletrificação tende a ser gradual:

“Não vamos conseguir sair dos caminhões a combustão. A eletrificação é realmente o grande passo, vai facilitar as entregas noturnas e em mercados de bairros, por exemplo”, admitiu Antonio Cammarosano, diretor de serviços e pós-vendas, VWCO. 

Segundo o executivo, a fabricante já entregou cerca de 50 unidades do e-Delivery, caminhão elétrico da VWCO para clientes como Coca-Cola e Ambev. “Queremos produzir mais, mas estamos limitados aos desafios da cadeia produtiva por conta dos efeitos da pandemia e da guerra.” Cammarosano aposta mesmo na conectividade. operação na nuvem… “Tecnologias como o 5G e a inteligência artifical vão permitir ter muito mais dados em tempo real, com mudança de rotas, alteração de plano no momento da saída do caminhão da garagem, diversas otimizações de frota e tempo de entrega”, concluiu.

Fonte: Automotive Business

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