A transição dos motores a combustão para veículos elétricos poderá significar a perda de até 500 mil empregos em fornecedores automotivos na União Europeia até 2040, apontou um novo estudo da Clepa, a associação dos fabricantes de autopeças da região.
O estudo mostra que as perdas de empregos não serão totalmente compensadas por um crescimento correspondente nos volumes de componentes para veículos elétricos no mercado futuro.
Diante do cenário, o grupo de fornecedores está pedindo uma abordagem de tecnologia mista para a redução de emissões estipuladas na Europa, incluindo tecnologias híbridas. A medida cortaria as emissões em 50% e manteria os níveis atuais de emprego, disse a Clepa.
“O estudo destaca os riscos de uma abordagem somente EV [veículos elétricos] para a subsistência de centenas de milhares de pessoas que trabalham duro para fornecer soluções tecnológicas para mobilidade sustentável”, disse Sigrid de Vries, secretário geral da entidade.
De acordo com o relatório elaborado pela PwC para a associação, cerca de 1,7 milhão de pessoas trabalham em fornecedores automotivos na Europa, com 1,2 milhão de empregos adicionais em montadoras. Existem também cerca de 1,21 milhão de empregos em atividades como pneus, carrocerias, produtos químicos, baterias e equipamentos elétricos e 3,2 milhões em serviços de apoio.
“As necessidades da sociedade são muito diversas para uma abordagem que serve para todos”, disse o representante da Clepa. “Uma estrutura regulatória aberta a todas as soluções disponíveis, como o uso de tecnologias híbridas, hidrogênio verde e combustíveis renováveis sustentáveis, permitirá a inovação à medida que redefiniremos a mobilidade nas próximas décadas.”
Segundo a estimativa, as maiores perdas de empregos seriam na Alemanha (121 mil), Itália (74 mil), Espanha (72 mil) e Romênia (56 mil).
Fonte: Automotive Business