Tendências de marketing para o varejo se atentar e utilizar ao longo do ano

A especialista Larissa Lopes dá várias dicas para o mercado de autopeças colocar em práticas estratégias omnichannel, comunicação personalizada e marketing de influência
Tendências de marketing para o varejo se atentar e utilizar ao longo do ano

Por Karin Fuchs

O ano já começou e cada vez mais o universo digital está presente nas empresas. Para este ano, Larissa Lopes, Head de Marketing na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel, apronta três tendências de marketing para o varejo: estratégias omnichannel, comunicação personalizada e marketing de influência.

“Embora amplamente abordada, a omnicanalidade ainda tem um longo caminho a ser percorrido até oferecer experiências realmente completas e satisfatórias aos clientes. Viver experiências integradas entre loja física e online é um ponto indissociável para os consumidores, já que 87% dizem que pesquisam o preço na loja e compram pela internet e 80% pesquisam o preço na internet e compram na loja física”, afirma.

Larissa Lopes, Head de Marketing na Pontaltech

Mercado de autopeças

Em especial, ela comenta que o mercado de autopeças é bem específico e seu público vem mudando de comportamento ao longo do tempo. “A exemplo do que acontece em outros segmentos, ele tem se tornado mais exigente e interessando em tecnologia. Por isso, implementar estratégias ominicanais não é mais um diferencial, é básico para continuar se relacionando com o novo consumidor”.

Ela acrescenta que pensar em omnicanalidade é pensar em estar disponível para o cliente onde ele preferir e garantir que ele tenha uma experiência contínua e completa, independentemente do canal escolhido. Ou seja, uma empresa omnichannel permite que o consumidor dite a sua jornada de compra. Para que isso aconteça, dois pontos são importantes: tecnologia e pessoas.

“É preciso investir no treinamento das equipes de vendas para que todos os profissionais saibam consultar o histórico de compras e as reclamações, para assim oferecer a solução mais adequada em menor tempo. No segmento de autopeças, por exemplo, é importante que a equipe de vendas das lojas físicas também conheça o site, produtos e ofertas disponíveis lá, porque é comum que as pessoas que buscam esse tipo de produto pesquisem na internet e já cheguem ao ponto de vendas preparadas para a compra”.

No que tange às ferramentas, ela diz que fica a cargo da tecnologia prover canais de comunicação adequados ao perfil de cliente, a integração entre canais e o CRM ou sistemas de vendas. O mais importante é armazenar e organizas a base de dados.

Foto: Reprodução

Comunicação personalizada

Para isso, um ponto importante é estabelecer uma relação de confiança com o cliente, pedindo autorização para envio de comunicação e respeitando os que optarem por não receber. A empresa também precisa se identificar e deixar claro o motivo do contato. “Levar para o cliente assuntos do interesse dele é uma estratégia que funciona, por isso é importante ter o registro de compras e segmentar a base conforme o perfil”.

Segundo ela, conhecer o cliente e qual seu canal de comunicação preferido também garante mais eficiência na comunicação. “Algumas pessoas preferem não se relacionar com marcas pelo WhatsApp, por exemplo, porque aquele é um canal pessoal, por onde elas falam com amigos ou família. E aí entra novamente a ominicanalidade, a empresa precisa ter vários pontos de contato como e-mail, chatbot no site e até o novo RCS (um novo protocolo de comunicação, que funciona da mesma forma que o SMS”.

Atente-se

Na comunicação personalizada, Larissa alerta que um erro comum é o excesso. “O envio de muitas mensagens com o objetivo de vendas causa o efeito contrário, cansa o consumidor e o faz querer sair da base de relacionamento. O inverso também é verdadeiro, quando o consumidor fica frustrado em falar com uma empresa e ter retorno somente horas depois. Obviamente, ele busca o concorrente que responda mais rápido”, explica.

Marketing de influência

Larissa cometa que o marketing de influência já é bastante difundido no Brasil e que deve continuar neste ano. Segundo a pesquisa da Opinionbox, essas estratégias exercem um grande impacto nas vendas, sendo que 41% dos entrevistados disseram já ter comprado produtos indicados por influenciadores digitais. 

“É preciso que o influenciador tenha afinidade com a marca. Isso é mais importante que ser famoso ou ter milhares de seguidores. No caso de autopeças, por exemplo, é esperado que o influenciador transite no universo automotivo, não adianta focar em personalidades que não têm essa vivência”.

Outro ponto, acrescenta ela, “é entender se o influenciador está na mesma plataforma de conteúdo que o público da sua marca está, para que a mensagem realmente chegue a quem deve chegar. Apostar em influenciadores menores (micro ou nano-influenciadores) e regionais também funciona muito. As pessoas se identificam e mostram interesse pelo conteúdo criado por pessoas que têm a vivência mais próxima a delas”, afirma.

Mensuração

Larissa conta que há várias formas de medir o resultado de qualquer estratégia digital. “No caso de ação com influenciadores, a criação de cupons de desconto personalizado para o influencer, de maneira que o usuário precise digitar o código para acessar o desconto, funciona muito bem para medir o resultado em vendas. A marca também pode comparar por conta própria o resultado antes e depois da ação. Além disso, o influenciador também pode fornecer o relatório das visualizações e percepções do post, e a marca pode monitorar cliques no site com o Google Analytics, por exemplo”, conclui.

Fonte: Balcão Automotivo

Programa EMPRESA AMIGO DO VAREJO