Novos tipos de tinta melhoram segurança de carro autônomo e elétrico

Novos tipos de tinta melhoram segurança de carro autônomo e elétrico
Novas tintas ajudam carros autônomos a “ver” melhor os outros veículos

Tecnologia da PPG reduz risco de incêndio da bateria e melhora detecção do veículo por câmeras e radares

Pouca gente sabe, mas a pintura do automóvel pode ter uma importância muito maior do que simplesmente definir qual é a cor da carroceria. O fabricante mundial de tintas automotivas PPG está desenvolvendo duas tecnologias de revestimentos que podem até aumentar a segurança de carros elétricos e autônomos.

A primeira inovação técnica é um tipo de revestimento que funciona como isolante térmico, propriedade perfeita para a nova geração de veículos eletrificados. “Além de permitir que a bateria preserve a temperatura ideal, outro diferencial do produto é a possibilidade de retardar a proliferação de chamas em caso de incêndio”, explica Odair Destro, gerente de produto de tintas automotivas da PPG no Brasil.

Uma das maiores preocupações no desenvolvimento de carros elétricos é quanto ao superaquecimento da bateria e ao respectivo risco de incêndio, que chega a ser mais do que cinco vezes mais difícil de ser apagado quando comparado ao fogo iniciado em um automóvel com tanque de gasolina.

Recentemente, foram registrados diversos casos de Chevrolet Bolt que se incendiaram enquanto estavam sendo recarregados, o que até provocou um recall mundial para 142 mil veículos e um custo para a GM acima de US$ 1,8 bilhão. Tudo por culpa do superaquecimento da bateria, produzida pela LG.

Tinta que reduz uso do ar-condicionado

Outra solução da PPG é uma tinta que melhora o funcionamento de veículos autônomos ou com recursos semiautônomos, como frenagem automática de emergência ou controle de velocidade adaptativo. Essa tinta permite que os outros veículos possam ser detectados de forma mais segura por câmeras e radares, independentemente da cor da pintura.

“Esse revestimento permite que os carros de diferentes cores sejam reconhecidos pelos equipamentos de detecção”, garante Destro. “Cores escuras são mais difíceis de captar, mas esse material permite que as ondas de infravermelho [geradas por alguns equipamentos de detecção] se assemelhem ao branco, que é o tom mais nítido para os radares.”

De acordo com a PPG, existem outros benefícios que são oferecidos pela nova geração de revestimentos, usados tanto na carroceria quanto nas peças do interior do veículo.  Um dos mais interessantes é são as tintas originadas no setor aeroespacial que ajudam a refletir a luz e evitar que a carroceria absorva calor, reduzindo a transferência desse calor para dentro da cabine. Com isso, o interior do habitáculo se mantém mais frio que o normal em países de clima muito quente. Na prática, usa-se menos o ar-condicionado, o que poupa a carga da bateria do carro elétrico.

Para o interior do veículo, existem ainda os chamados revestimento autolimpantes, que criam uma camada que facilita a manutenção no dia a dia e que é mais resistente a substâncias contaminantes, que podem manchar ou ficar impregnadas nas superfícies de peças como painel ou central multimídia. “A indústria automotiva prepara ainda proteções anti-impressão digital, antirreflexo e outras soluções que possam ser utilizadas dentro e fora dos veículos”, diz Destro.

Fonte: Automotive Business

Programa EMPRESA AMIGO DO VAREJO