Mach 1 deixa Mustang R$ 100 mil mais caro

Mach 1 deixa Mustang R$ 100 mil mais caro

Versão mítica nascida nos anos 60 passa a ser a única à venda, agora com 483 cv e custando R$ 499 mil (ZECA CHAVES, AB)

Mustang Mach 1: mais 17 cv de potência, melhorias mecânicas e visual agressivo

Mach 1 é a medida de velocidade do som, equivalente a 1.216 km/h. Outro ícone da velocidade não é tão rápido assim, mas é igualmente famoso mundo afora: o Mustang Mach 1, versão mítica que estreou nos anos 60 e está sendo lançada no Brasil hoje, dia 16, em esquema de pré-venda.

Na verdade, mais que uma versão ela passará a ser a única opção de Mustang à venda no País, já que a Black Shadow deixa de ser importada. O lado bom é que o Mach 1 é mais potente (17 cavalos), mais equipado e mais chamativo com seu visual único, com cara de que acabou de sair da loja de customização. O lado ruim é o preço: se antes você podia comprar um Mustang por R$ 396,9 mil, agora terá que gastar R$ 499 mil.

Para justificar esses mais de R$ 100 mil de diferença, o cupê esportivo recebeu várias modificações estéticas, algumas mecânicas e um pacote extra de equipamentos para permitir que o Mach 1 honre sua tradição, agora na sua quarta geração. A primeira é de 1969, a segunda surgiu em 1974 e a terceira, em 2003.

Difusor traseiros e as quatro saídas de escape vieram do Shelby GT 500

Pois é justamente à primeira geração, a mais clássica, que o novo Mach 1 remete. Ele tem as mesmas grandes aberturas circulares na grade, spoiler dianteiro maior e faixas nas laterais e no meio do capô. Na traseira, destaque para o discreto aerofólio, um grande difusor de ar e quatro canos de escape. O desenho dos bancos de couro também lembra o do primeiro Mach 1, assim como as rodas exclusivas (que continuam sendo de 19 polegadas).

Como o Mach 1 nasceu como uma opção esportiva mais orientada às pistas, a nova versão recebeu um tempero especial na mecânica para que pudesse ser um dia usado em track days, apesar de ser projetado principalmente para um uso mais cotidiano. A potência do motor Coyote V8 aspirado de 5 litros subiu de 466 cv para 483 cv (o torque se manteve em 56,7 mkgf) com a ajuda de uma reprogramação e a troca de algumas peças, acompanhado de um novo conversor de torque para o câmbio automático de 10 marchas, para permitir trocas mais rápidas. A aceleração de 0 a 100 km/h é de 4,3 segundos e a velocidade máxima é limitada a 250 km/h.Diversos componentes foram herdados de outras versões do Mustang. Do Bullit, recebeu a barra antitorção e a caixa de indução de ar. Do Shelby GT 350, vieram coletor de admissão, sistema de arrefecimento do motor e radiador da transmissão. Já o Shelby GT 500 cedeu sistema de escapamento, difusor traseiro, braços da suspensão traseira e arrefecimento do diferencial traseiro.

Painel tem plaqueta com numeração do chassi

Os amortecedores adaptativos Magneride, que modificam sua rigidez eletronicamente, também receberam uma nova calibração, enquanto os freios Brembo ganharam pastilhas aprimoradas para uso em pista. Segundo a Ford, as modificações da carroceria conseguiram melhorar o resfriamento dos freios e o downforce em até 25% e aumentar a refrigeração do motor em até 50% e da transmissão em até 75%.

O novo pacote de equipamentos ganhou uma dose extra de tecnologia e conectividade, já que o Mustang passa a ser o terceiro veículo da marca (depois de Territory e Ranger) a receber o FordPass Connect, recurso que possibilita monitorar e comandar o veículo a distância. Pelo celular é possível saber em que lugar do País está o carro, checar o nível do tanque de gasolina ou a pressão dos pneus, travar/destravar portas, ligar o motor e ajustar o ar-condicionado (é possível até programar o horário que isso será feito).

Na segurança, a tecnologia faz a sua parte com sistemas eletrônicos de frenagem autônoma de emergência, de permanência na faixa de rolamento e de detecção de pedestre, aliado aos oito airbags já existentes. Já o equipamento de som ganhou um upgrade: agora é um Bang & Olufsen de 1.000 W com 12 alto-falantes e um subwoofer de 9 polegadas.

Bancos seguem o mesmo estilo do Mach 1 dos anos 60

Apesar de considerado uma série especial, o Mach 1 não tem tiragem limitada nem tempo determinado para ser produzido. Mas nem por isso deixa de ter seu toque de exclusividade: o número do chassi está marcado no painel à frente do passageiro, junto como o nome Mach 1, que também aparece no meio do capô, nas soleiras iluminadas das portas, nos para-lamas dianteiros, na superfície traseira que une as lanternas e na barra antitorção sob o capô.

O Mustang Mach1 será vendido no Brasil em oito opções de cor: Cinza Dover, Branco Artico, Preto Astúrias, Prata Orvalho, Azul Indianópolis, Laranja Astana, Vermelho Arizona e Amarelo Talladega. As faixas são sempre em preto, mas seu contorno varia entre laranja (apenas para a pintura cinza), vermelho e branco. Os bancos têm acabamento em laranja ou cinza.

Capô recebe faixa exclusiva e o nome da versão

Fonte: Automotive Business

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