Falta de peças também afeta a produção da Scania

Falta de peças também afeta a produção da Scania

Empresa promoveu paradas ao longo do mês na fábrica de São Bernardo do Campo (Bruno de Oliveira, AB)

Mais uma fabricante de veículos instalada no País interrompeu produção por causa da falta de componentes. Desta vez foi a Scania, em São Bernardo do Campo (SP), onde produz caminhões, chassis de ônibus e motores. De acordo com o sindicato local dos metalúrgicos, a companhia parou a produção pela primeira vez de 3 a 13 de setembro. Depois, voltou a parar 16 de setembro, com projeção de retorno no dia 28.

Esta é a primeira parada ocorrida nas linhas da montadora por falta de componentes e não deve afetar apenas seus pedidos para o mercado doméstico, mas também as exportações – a unidade do ABC Paulista é parte integrante de um sistema de produção que nomeia cada uma das fábricas como plataformas de exportação, ou seja, os cronogramas que regem as linhas são definidos por critérios globais e não apenas por demandas internas.

Hoje, a Scania exporta caminhões, motores e chassis de ônibus para 10 países, um número que no passado já chegou a 20. Na fábrica de São Bernardo há quadro formado por 4,5 mil funcionários e, segundo o sindicato local, a ferramenta utilizada pela companhia para promover as paradas foi o banco de horas, mesma medida adotada pela Volkswagen na unidade de Taubaté (SP).

Entre março e abril, a montadora também havia suspendido as atividades na fábrica, mas como forma de prevenção ao avanço da Covid-19 ocorrido naquele momento.

O setor de caminhões tem sido um dos menos afetados pela crise dos semicondutores e experimenta bom momento nas vendas internas. De acordo com dados da Fenabrave, no acumulado do ano até agosto os emplacamentos somaram 82,1 mil unidades, um crescimento de 49% ante o volume licenciado em igual período em 2020.

As vendas de modelos pesados, segemento no qual a Scania é um dos principais competidores, representaram mais de 50% das vendas do segmento, um reflexo dos pedidos feitos por empresas do agronegócio. Neste segmento, o modelo mais vendido até agosto foi o Volvo FH 540, com 5,6 mil unidades vendidas. Scania R450, DAF XF, Volvo FH 460 e o Mercedes-Benz Actros 2651 fecham a lista dos cinco mais comercializados.

Fonte: Automotive Business

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