Em janeiro as motos registraram 89,7 mil unidades emplacadas e uma queda de 20,2% na comparação com dezembro, que foi o segundo melhor mês de 2021 para o setor. A retração acentuada decorre da queda de produção em dezembro por causa de férias coletivas. Já a comparação com janeiro do ano passado indica pequena alta de 4,5%.
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Os números foram divulgados na quarta-feira, 2, pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários. A entidade informa que a demanda por motos permanece aquecida, mas a falta de modelos em estoque nas concessionárias e a redução da oferta de crédito impactaram os emplacamentos neste início de ano. Com isso, a média diária de licenciamentos (que vinha acima de 5 mil motos no segundo semestre do ano passado) recuou para 4.270 neste começo de 2022.
“Hoje, a aprovação de financiamento gira em torno de 37% das propostas enviadas aos bancos. As vendas estão estabilizadas em um bom nível, mas a dificuldade de crédito e da normalização da produção são questões para as quais estamos atentos”, diz o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr.
Segundo a entidade, até o começo de novembro essa taxa de aprovação das fichas era de 48% e caiu por conta do aumento da inadimplência nas últimas semanas de 2021. Vale dizer que a Abraciclo, associação dos fabricantes, garantiu em entrevista coletiva concedida em 20 de janeiro que a oferta de crédito não seria neste momento um problema no setor, mas reconheceu que a produção voltou a ser afetada no início do ano pelo aumento dos casos de Covid-19 e também de gripe Influenza em Manaus (AM), onde estão concentradas as fábricas de motos. Isso deve comprometer também os emplacamentos de fevereiro.
Yamaha começa o ano com 18,9% do mercado
Chama a atenção o bom desempenho da Yamaha neste início de ano. A vice-líder de mercado teve 16,9 mil unidades licenciadas e cresceu 9,5% sobre janeiro do ano passado. Sua fatia de mercado chegou a 18,9%. Em janeiro de 2021 eram 18%.
A Honda se mantém na liderança e teve 67,5 mil emplacamentos, 2,9% a mais pela comparação com janeiro de 2021. A marca mais vendida entre as motos anota 75,2% de participação neste começo de ano. Um ano atrás tinha 76,3%. Ou seja, perdeu mais de um ponto porcentual, enquanto a fatia da Yamaha aumentou em proporção semelhante.
Outro destaque entre as marcas é a Royal Enfield. A empresa começa 2022 na sexta posição, com 474 motos emplacadas em janeiro e crescimento de 45% na comparação interanual. Mesmo sem ter fábrica no Brasil, a Royal Enfield está à frente da Triumph (8ª colocação), da Haojue (9ª) e da Dafra (11ª).
Fonte: Automotive Business
