O setor de ônibus se mantém em marcha lenta e começou 2022 com 1.368 unidades. A comparação com dezembro indica queda de 10,9%. E o confronto com o mesmo mês do ano passado resulta em alta muito pequena, apenas 3,3%. Com 21 dias úteis, a média diária de emplacamentos de janeiro foi de 65,1 ônibus. Os números foram divulgados na quarta-feira, 2, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários.
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O setor vem sendo o mais afetado desde o início da pandemia de Covid-19 por motivos como o menor fluxo de passageiros, adiamento de renovações de frotas urbanas e rodoviárias e a grande retração na atividade turística. Em todo o ano de 2020 foram emplacadas apenas 18,2 mil unidades e 2021 foi ainda pior, com 17,8 mil.
A venda de automóveis também recuou em 2021, mas por falta de peças nas linhas de montagem e não pela queda de demanda. Para este ano a projeção da Fenabrave é de 19,2 mil ônibus e alta de 8%. Este crescimento terá ajuda do programa de governo para transporte escolar, que responderá por cerca de 7 mil unidades licenciadas durante o ano.
“Os programas governamentais como o Caminho da Escola podem ajudar na recuperação do segmento este ano”, diz o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr.
Do total emplacado em janeiro, 660 unidades eram da Mercedes-Benz (48,2% de participação). De acordo com a Fenabrave, o segundo lugar foi da Marcopolo, com 344 veículos (fatia de 25,1%). Em seguida estão os Volksbus, com 238 unidades (17,4% do mercado).
Fonte: Automotive Business