ZF olha com cautela o mercado de reposição em 2022, mas espera crescer 12%

Fabricante revelou que questões globais e econômicas podem frear ritmo de crescimento (Por Bruno de Oliveira, AB)
ZF olha com cautela o mercado de reposição em 2022, mas espera crescer 12%

A divisão de aftermarket da ZF planeja aumentar suas vendas em 12% no Brasil este ano. De acordo com Reynaldo Contreira, diretor da operação na América do Sul, a projeção é baseada em uma demanda no mercado pautada na tendência de investimento em reposição em detrimento da compra de um veículo novo por parte do consumidor de veículos leves, principal negócio da fabricante em termos de volumes.

“Ainda que o consumidor queira comprar um veículo novo, não há disposição de produtos no mercado por causa da crise dos componentes, que ainda persiste. Por isso acreditamos que o consumidor seguirá com a ideia de reparar o seu carro atual do que apostar na compra de um novo”, disse o executivo na quinta-feira, 7.

Contreira, da ZF: volume de vendas vai aumentar em este ano, mas ainda há clima de cautela sobre as projeções para 2022

A projeção de crescimento apontada por Contreira é menor do que a alta registrada pela companhia no ano passado na região, quando houve alta de 26% sobre os volumes de vendas de 2020. Isso porque, explicou o executivo, ainda há muitas incertezas no mercado de veículos leves que acabaram levando a companhia a ser mais cautelosa acerca dos números da operação este ano.

“A venda de usados cresceu bastante no ano passado, e isso deverá se manter este ano, como já vimos agora no primeiro trimestre, que foi muito bom. Por outro lado, a crise logística, perda do poder de consumo, dentre outros fatores, podem afetar as nossas projeções. Por isso, no momento, adotamos a projeção de evolução de 12%, que é cautelosa”, contou Contreira.

Cerca de 15% das partes e peças que a empresa vende no mercado de reposição têm origem no exterior, o que, de fato, corrobora com a visão preocupada da fabricante acerca de 2022. “Também fomos afetados pelo desequilíbrio na produção de componentes no mundo, principalmente da produção instalada no continente asiático”, explicou o executivo.

Fonte: Automotive Business

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