Veículos comerciais têm valorização de até 50% em três anos


No Selo Maior Valor de Revenda, o Mercedes-Benz Atego 2426 6×2 venceu na categoria caminhões e o Kia Bongo K2500 na de utilitários (Por Alzira Rodrigues)
Veículos comerciais têm valorização de até 50% em três anos

Criado para mostrar a depreciação dos preços dos utilitários ca carga e caminhões após três anos de uso, o Selo Maior Valor de Revenda – Veículos Comerciais apresentou resultados surpreendentes agora em 2022, na sua oitava edição. Ao contrário  dos anos anteriores, todos os modelos vencedores da premiação custam mais hoje do que quando adquiridos em 2019 como um veículo 0 km, ou seja, houve valorização e não desvalorização como é de praxe no varejo automotivo brasileiro.

Dentre todas as categorias avaliadas nos dois citados segmentos, o Mercedes-Benz Atego 2426 6×2 foi o mais valorizado entre os caminhões, com alta de 50,9%, e o Kia Bongo K2500 entre os utilitários, com índice positivo de 48,9% em três anos. Prestigiaram o evento de premiação, realizado nesta terça-feira, 21, em São Paulo, a gerente sênior de Vendas Regional da Mercedes-Benz, Jaqueline Marzola, e o diretor de operações da Kia Brasil, Gustavo Gandini (foto acima).

“A compra de um veículo para fins comerciais é muito criteriosa na relação custo x benefício. Receber esta certificação e reconhecimento reflete a valorização do Kia Bongo e isso é motivo de muito orgulho para nós, pois demonstra uma confiança enorme de empresários e transportadores autônomos com nosso produto e com a marca Kia”, comentou Gandini ao receber o troféu.

O fenômeno da supervalorização, como comentado pelos executivos presentes no evento, é explicado principalmente pelos gárgalos na produção de veículos em geral, tanto no Brasil como no mundo.

“Por conta das consequências nefastas da pandemia da Covid-19 e da escassez de semicondutores, entre outros componentes e insumos, as lilnhas de produção de caminhões e utilitários ainda não voltaram à normalidade. Como a oferta é inferior à demanda, os compradores recorreram e ainda recorrem aos seminovos, o que explica a supervalorização desses veículos, mesmo depois de três anos de uso”, comenta Joel Leite, diretor da Agência AutoInforme, responsável pelo levantamento de preços.

O Selo Maior Valor de RevendA a– Veículos Comerciais 2022 contemplou ao todo nove modelos, dos quais quatro na categoria Utilitários. Além do Kia Bongo K2500 (camioneta de carga e campeão geral, venceram o Renault Master Furgão (furgão de carga +39,8%), Fiat Fiorino Furgão (furgoneta de carga +22%) e o Mercedes-Benz Sprinter Van 415 (minibus +22,3%).

No grupo Caminhões, o s cinco vendedores foram o Volkswagen Delivery Express (semileve +49,5%), o Mercedes-Benz Accelo 1016 (leve +44,4%), o Volkswagen 11-180 Delivery (médio +50,4%), o Scania R-450 A 4×2 (pesado +31,9%) e o próprio Mercedes-Benz Atego 2426 6×2 (caminhão semipesado e campeão geral +50,9%).

Em oito edições do SMVR-VC, a Mercedes-Benz venceu em 25 categorias incluindo utilitários e caminhões, com o títulode campeão geral em sete oportunidades. Também no período 2015 a 2022, a Volkswagen ganhou em nove categorias, conquistado duas vezes o título máximo. Na sequência vêm a Renault, vencedora em seis categorias e duas vezes como campeã geral, e a Hyundai, com quatro e três titulos, respectivamente, em utilitários.

Luiz Cipolli Junior, responsável pelo estudo, avalia que os resultados obtidos pela Mercedes-Benz em oito anos da certificação demostram claramente o reconhecimento do mercado, “por meio da qualidade do produto em si e, em especial dos seus serviços de pós-venda”.

Para calcular o índice de depreciação – ou valorização, como aconteceu desta vez – foram considerados os preços médios dos veículos 0 km praticados em maio de 2019 e seus modelos correspondentes no mesmo mês deste ano, o prazo médio que em geral o transportador leva para renovar a frota. Na edição atual, foram avaliados 139 modelos, dos quais 113 caminhões e 26 utilitários. Desse total,  23 obtiveram índices positivos e 179 índices de depreciação muito abaixo da média dos anos anteriores.

Fonte: AutoIndústria – Foto: Divulgação/AutoInforme

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