Dados da ACSP revelam alta de 17,1% nas vendas em relação a igual período de julho
Com o afrouxamento das medidas restritivas do governo paulista ao longo dos últimos meses, o varejo passou a ensaiar uma reação. As vendas na cidade de São Paulo estão bem mais fortes que as de 2020. Na primeira quinzena de agosto, por exemplo, registram alta de 43,2% na comparação com igual período do ano passado.
O crescimento em relação aos números do ano passado, porém, não pode ser encarado com otimismo cego. O desempenho ainda está muito aquém do período anterior à pandemia. Se comparar a primeira quinzena de agosto de 2021 com igual período de 2019, as vendas do varejo paulistano caem 22,4%.
Os dados são do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). “No ano passado ainda havia restrições para o funcionamento do comércio. Isso quer dizer que há uma base de comparação fraca. Não alcançamos o mesmo patamar que foi registrado há dois anos, quando não se conhecia o vírus”, lembra Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP.
A Associação prevê aumento real nas vendas do varejo somente em 2022. Para este ano, a expectativa é a de alcançar o mesmo nível de 2019. Para que se confirme esse prognóstico, segundo a ACSP, o varejo precisa funcionar sem restrições e o ritmo da vacinação deve ser mantido.
RESULTADO MENSAL
A queda nas temperaturas e o efeito Dia dos Pais contribuíram para a elevação média de 17,1% no varejo paulistano, a primeira metade de agosto, frente igual período de julho.
Nesse caso, Solimeo diz que o desempenho ficou acima do esperado. A justificativa é que a combinação frio e compras para os pais foi decisiva para o resultado.
“Roupas e agasalhos geralmente são os presentes mais escolhidos neste período. Com o frio mais rigoroso, os filhos apostaram nesses itens, o que ajudou nas vendas”, comenta Solimeo.
Fonte: Diário do Comércio (https://dcomercio.com.br/categoria/negocios/varejo-paulistano-mostra-forca-na-primeira-metade-de-agosto)