Apesar da inflação e do endividamento, que podem atingir o ritmo de recuperação de vendas e, consequentemente, dos investimentos em mão de obra formal, o varejo paulista deve criar 40 mil postos de trabalho no último trimestre do ano, de acordo com estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Segundo dados da Pesquisa do Emprego (PESP), realizada pela Entidade, no mês de outubro, o varejo foi responsável por 13.952 novas vagas. Se a perspectiva de crescimento para o trimestre se confirmar, o resultado ficará próximo ao de 2019, quando houve criação de 41 mil empregos nos últimos três meses do ano.
Até o fim de outubro, no acumulado do ano, o comércio registrava criação de 119.344 empregos. O varejo contava com saldo de 70.723 vagas, enquanto o atacado, de 34.691 postos de trabalho, ao passo que o comércio de peças e veículos, 13.930. Os destaques ficaram por conta do varejo de ferragens, madeira e materiais de construção (13.810), do atacado de resíduos e sucatas (2.673) e do comércio de peças e acessórios novos para veículos (4.396). Em 12 meses, foram criadas 177,7 mil vagas – quase 120 mil apenas no varejo, com significativo avanço dos segmentos de materiais de construção (15.629).
Serviços no Estado
Em 12 meses, foram 423.525 mil vagas criadas no setor, com destaque para os serviços de escritório e apoio administrativo empresarial (58.534) e atividades de atendimento hospitalar (23.000). No décimo mês do ano, o mercado de trabalho apresentou o segundo melhor resultado mensal de 2021, com a criação 58.657 vagas celetistas. Os maiores avanços foram observados nos serviços administrativos e complementares (20.378) e na divisão de serviços de alojamento e alimentação (11.164). No acumulado do ano, até outubro, o setor gerou 394.383 empregos, alavancado principalmente pelos serviços de saúde humana e sociais (57.744) e serviços administrativos (86.500).
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O avanço da geração de emprego nos setores de comércio e serviços em outubro já era esperado. No primeiro, houve os impactos iniciais da sazonalidade de contratação relacionada às festas de fim de ano, principalmente no comércio varejista. Já no setor de serviços, os dados são alavancados pela recuperação de vagas em importantes divisões – como a de alojamento e alimentação –, após a reabertura das atividades econômicas.
Comércio e serviços na capital
De janeiro a outubro, o comércio paulistano criou 37.196 empregos celetistas. O varejo contribuiu com 22.806 vagas; o comércio e reparação de veículos, com 4.336; e o atacado, com 10.054. No acumulado de 12 meses, houve avanço de 50.776 postos de trabalho, dos quais 34.177 criados só no varejo. Em outubro, foram 6.166 empregos no total do setor (4.100 no varejo, 1.300 no atacado e 766 em comércio e reparação de veículos). O destaque ficou por conta do desempenho dos estabelecimentos varejistas de vestuário e acessórios, que geraram 874 vagas no mês.
Nos serviços paulistanos, em 12 meses, houve criação de quase 197 mil vagas com carteira assinada. Os melhores resultados ocorreram nos serviços administrativos e complementares (53.427), influenciados predominantemente pelas atividades profissionais, científicas e técnicas (31.211) e pelos serviços de escritório e apoio administrativo empresarial (27.441), que, por sua vez, foram puxados pelo segmento de atividades jurídicas, de contabilidade e de auditoria (9.055). No décimo mês do ano, foram criadas 31.219 vagas. O desempenho geral foi influenciado pelos grupos de serviços administrativos e complementares (12.086) e alojamento e alimentação (4.789).
Fonte: FecomercioSP