Renault Sandero e Logan vão sair de linha nos próximos anos

Renault Sandero e Logan vão sair de linha nos próximos anos

Segundo Jornal do Carro, a matriz cancelou a nova geração dos dois modelos para investir em SUVs

Já apresentado na Europa, o novo Sandero estava em desenvolvimento no Brasil

A Renault cancelou os planos de lançar a nova geração do hatch Sandero do sedã Logan, que estava em gestação no Brasil, segundo reportagem do Jornal do Carro, que atribui a decisão à matriz na França.

“A Renault vai seguir os passos da norte-americana Ford, e focar no segmento de SUVs. E, dessa forma, Logan, Sandero e Stepway serão descontinuados nos próximos anos, deixando um legado de quase 15 anos”, afirma a reportagem.

A notícia vem seis meses depois de a montadora divulgar um investimento no Brasil de R$ 1,1 bilhão até o primeiro semestre de 2022 para renovar veículos produzidos no País, introduzir versões com novo motor turbo e trazer dois veículos elétricos ao mercado brasileiro.

Os novos Stepway, Logan e Sandero são projetos da Dacia, divisão romena da Renault

Na época, o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, havia afirmado que a ideia era fazer a renovação de cinco modelos da sua gama brasileira, composta por Kwid, Sandero, Logan, Duster, Oroch, Captur e Master. Porém, durante o mesmo anúncio, Gondo já havia dado indicações de que os novos tempos seriam mais difíceis ao afirmar que estava nos planos subir a linha de produtos para segmentos mais rentáveis onde a marca não atua hoje. “Com isso poderemos até ganhar volume e rentabilidade ao mesmo tempo”, disse ele´.

Mais lucro, menos volume de vendas

Não é segredo para ninguém, porém, que a ordem geral dentro da Renault mundial é abrir mão de volume de vendas para ganhar em lucratividade, como explicou o CEO global da Renault, Luca de Meo, durante o anúncio do plano estratégico Renaulution, que preconiza cortar custos – como fechar fábricas, demitir funcionários e reduzir investimentos – para focar em negócios e segmentos lucrativos.

Como lembrou a reportagem, Luca de Meo considerava que havia um erro na estratégia da empresa para o Brasil, ao priorizar a participação de mercado em vez das margens de lucro. “Dessa forma, a empresa não vai mais buscar a fatia de 10% vislumbrada pelo antigo chefe, Carlos Ghosn. Na visão do atual CEO, 5% ou 6% bastam. Mas, para isso, a marca venderá carros mais caros.”

Diante desse cenário, seria o fim da da linha no Brasil para a futura geração de Sandero e Logan (e também o Stepway, a versão aventureira do Sandero), que estava em desenvolvimento avançado pela engenharia brasileira, de acordo com a reportagem. Os novos modelos já foram apresentados na Europa pela divisão romena Dacia, no fim do ano passado.

Em relação aos demais modelos, deverão ser feitas agora apenas a reestilização do Kwid, que vai seguir a versão indiana e chega até o fim deste ano, e da picape Oroch, que será apresentada no ano que vem com o motor 1.3 turbo, o mesmo que a Renault introduziu no Captur 2022 em julho.

Fonte: Automotive Business

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