“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Produção de caminhões recua no acumulado do ano

09/08/2022

As montadoras instaladas no País fabricaram em julho 12,7 mil caminhões, o que indica recuo próximo a 5% na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano foram fabricadas 84,5 mil unidades, 5,6% a menos que em iguais meses do ano passado. Os números foram divulgados na sexta-feira, 5, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“A queda em julho ocorreu por causa da paralisação de uma das fábricas”, recorda o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini, referindo-se à Mercedes-Benz, que teve sua produção prejudicada pela falta de componentes eletrônicos

Após recuo, produção de caminhões deve melhorar

Sobre esse problema, o presidente da entidade, Márcio Leite, acredita em melhora importante na produção do segundo semestre com o restabelecimento da entrega desses itens: “O aumento no fornecimento é sustentável e temos a impressão de que o pior está ficando para trás.”

Exportações crescem 4,3% no acumulado

O mês de julho teve pouco mais de 2 mil caminhões exportados, queda de 8,5% na comparação com junho. No acumulado do ano os embarques somaram 13,1 mil unidades, 4,3% a mais sobre os mesmos meses de 2021. O resultado seria melhor, não fosse a crise no mercado argentino, principal parceiro comercial do Brasil.


Faça a sua inscrição no #ABX22 – Automotive Business Experiencemaior evento do setor automotivo


Segundo Bonini, as exportações de caminhões e ônibus para a Argentina recuaram 32% na comparação com os mesmos sete meses de 2021, um ano fraco como consequência da pandemia de Covid-19.

Pesados mantêm domínio do mercado

Os emplacamentos de julho somaram 11,5 mil caminhões, o melhor resultado do ano, com alta de 5,3% sobre o mês anterior. No acumulado foram licenciadas 69,2 mil unidades, com pequena queda de 2,2% na comparação interanual.

“A distribuição entre os segmentos não teve alterações significativas e os modelos pesados ainda representam cerca de 50% das vendas totais”, afirma Bonini, referindo-se aos caminhões com Capacidade Máxima de Tração (CMT) acima de 45 toneladas.

À espera do programa de renovação de frota

Nesta semana, a Câmara dos Deputados e também o Senado aprovaram a Medida Provisória 1112/22, que cria o agora chamado Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no País (Renovar). O projeto pretende retirar, por ano, cerca de 16 mil caminhões usados com mais de 30 anos de idade.

“Agora é preciso da aprovação do poder executivo e também do detalhamento do decreto. A expectativa é que entre em vigor o quanto antes”, afirma Gustavo Bonini.

O executivo recorda que o país tem 450 mil caminhões com mais de 25 anos de uso e que o sistema público de saúde gasta R$ 500 milhões por ano em razão de problemas respiratórios causados pela poluição de veículos. Ele cita também os custos com acidentes e congestionamentos gerados pela frota envelhecida.

“Toda a indústria local investe na descarbonização, com caminhões elétricos, híbridos, a gás, a diesel verde. Não faz sentido termos todas essas tecnologias e ao mesmo tempo uma frota com quase meio milhão de caminhões acima dos 25 anos”, ponderou.

Fonte: Automotive Business

Informes

Abrir bate-papo
SincoPeças - SP
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?