Por Bruno de Oliveira
Ainda há vida para o motor de combustão, com o mundo cada vez mais mirando a erradicação de fontes poluentes da atmosfera? Essa talvez seja a pergunta que mais permeia os departamentos de engenharia de montadoras e fabricantes de motores.
Se observarmos os esforços que têm sido feitos em mercados onde o veículo elétrico ainda é algo distante do consumidor médio por ser considerado caro, sobretudo naqueles localizados no chamado sul global, a resposta para essa pergunta seja sim.
Foram nessas localidades que despontaram como algo viável tecnologias que ainda utilizam a consagrada plataforma de propulsão que utiliza a explosão como força motriz. Podemos citar, por exemplo, os motores flex e os motores auxiliados por sistemas híbridos.
O motor bicombustível, que reduz a pegada de carbono por permitir o uso do etanol, já está mais do que consagrado por aqui como um case de sucesso. Os híbridos, que acabaram de chegar, também ganham popularidade aos poucos entre os consumidores.
Outro grande indício de que os motores de combustão ainda são importantes do ponto de vista do negócio é a movimentação das empresas no sentido de criarem unidades específicas para tratar do tema.
A Horse, para citar um exemplo no segmento de veículos leves, é uma parceria entre as fabricantes Renault e Geely específica para o desenvolvimento de novos propulsores de combustão nos mercados em desenvolvimento.
Tema será debatido no #ABX25, em setembro
Já no caso dos pesados, o motor de combustão ainda se mostra como um terreno fértil para aplicação de tecnologias que melhoram a sua eficiência e reduzem as emissões. É só observarmos o desenvolvimento de empresas como a Cummins para que seus motores atendam a legislações como a Euro 6.
O assunto será bastante debatido no #ABX25, que acontecerá em 17 de setembro no SP Expo, em São Paulo (SP). Na oportunidade, serão discutidos diversos temas em torno do motor de combustão, principalmente a questão envolvendo seus limites tecnológicos.
