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Fiat Fiorino entra na 4ª geração na onda do e-commerce

06/12/2021

O transportador autônomo deu vida à quarta geração da Fiat Fiorino, lançada pela Stellantis na sexta-feira (3), por meio de transmissão online. Foi nas necessidades deste tipo de cliente que a montadora balizou o desenvolvimento do veículo, que chega ao mercado em versão única ao preço de R$ 99,9 mil.

De acordo com Herlander Zola, diretor da marca Fiat na América Latina, as demandas do e-commerce, que cresceram no Brasil nos últimos dois anos, devem aumentar em 10% o mercado de vans compactas em 2022, segmento ao qual pertence a Fiorino.

Nessa esteira a empresa pretende vender também 10% mais unidades da nova versão do veículo comercial leve no ano que vem. Até novembro, segundo dados do Renavam divulgados pela Fenabrave, foram emplacadas no País 19,4 mil unidades do modelo, ainda em sua geração anterior.

Dentro do segmento de furgões pequenos, a Fiorino é líder com 92,33% do mercado até novembro, à frente de modelos como o Fiat Doblò, Peugeot Partner e o Renault Kangoo. Como a distância é grande, a Stellantis considera que ainda há longa estrada para o modelo que é vendido no Brasil desde 1980.

“Afora o momento do mercado, que é propício aos negócios que envolvem entregas urbanas, o chamado last mile [última milha], o perfil do consumidor da Fiorino mudou, e por isso o modelo precisou mudar junto com este cliente”, disse Zola.

Posto isso, a montadora partiu para a prancheta para promover melhorias na Fiorino de quarta geração. Em termos de cabine, o modelo tem mais de 10 compartimentos para armazenar objetos que são caros à operação de pequenos e médios empreendedores, como pranchetas e até máquina de pagamentos por cartão.

Foram acrescentados também recursos mais modernos, como assistente de partida em rampa, controles de estabilidade e de tração, e sinal de freio de emergência. Há também um novo conjunto óptico, que foi redesenhado para esta nova versão do veículo.

No mais, a nova Fiorino segue como antes construída sobre a plataforma MP, a mesma que a antiga FCA utilizava para construir seus veículos compactos. Neste caso, a plataforma é considerada híbrida pela montadora, com a parte da frente nas configurações do Fiat Uno e, a traseira, nas da antiga Fiat Strada.

O motor flex de 1.4 litros (84 cavalos com gasolina e 86 cavalos com etanol) da antiga versão também passou por um processo de calibragem para equipar a nova Fiorino, com a instalação de novos bicos injetores que, segundo a montadora, reduzem o consumo e aumentam a eficiência do conjunto, além de atenderem as normas da nova fase da lei de emissões Proconve L7.

Sobre as vendas do modelo em apenas uma única versão, a Endurance, Zola explicou que ela sozinha atende as necessidades do cliente aferidas pela montadora, mas não está descartada no futuro, por exemplo, outra versão do veículo, talvez equipada com câmbio automático – a nova Fiorino tem câmbio manual de 5 marchas.

E a conectividade?

A montadora também mira com a nova Fiorino os grandes frotistas que têm em sua operação as entregas de última milha. Nesse sentido, faz falta no modelo, e em outros lançados pela Stellantis recentemente, a instalação de um sistema que possa fornecer informações para plataformas de gestão de frotas, assim como já acontece no segmento de caminhões.

Ainda que o veículo tenha em sua arquitetura uma porta eletrônica por meio da qual é possível conectá-lo a algum tipo de rede, a Stellantis de certa forma perde a oportunidade de oferecer um serviço que, mais uma vez, será explorado por outras empresas que circundam o setor automotivo.

É bom lembrar que a oferta de novos serviços tem sido o foco de muitas montadoras em mercados mais desenvolvidos, sendo parte de estratégia que consideram os veículos como plataformas de mobilidade. A General Motors, por exemplo, pretende adicionar a sua receita US$ 80 bilhões apenas com serviços.

Internamente a empresa já explora recursos da conectividade em modelos de passageiros, como a picape Fiat Toro e o novíssimo Fiat Pulse, que têm a plataforma de e-commerce Cart instalada. A pergunta que fica é quando um recurso do tipo estará disponível também para aqueles utilizam veículos do grupo para trabalhar.

Fonte: Automotive Business

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