Falta de semicondutores diminui, mas ainda atrapalha montadoras


Último levantamento estima que mais 167 mil veículos deixarão de ser produzidos só esta semana em todo o mundo
Falta de semicondutores diminui, mas ainda atrapalha montadoras

Os semicondutores – ou melhor, a falta deles – é o assunto mais comentado da indústria automotiva desde o início da pandemia da Covid-19. O mais recente estudo global mostra que a escassez de chips para o setor dá sinais de melhora, mas continua sendo um dos principais fantasmas para montadoras e fornecedores de veículos.

No último levantamento da  AutoForecast Solutions (AFS), que analisa periodicamente o impacto da falta de semicondutores na cadeia automotiva, mostra que a escassez do insumo arrefeceu. Só essa semana, segundo a empresa, 167 mil unidades de veículos deixarão de ser produzidas em todo o mundo devido à problemas no abastecimento de chips.

Mesmo assim, a crise no fornecimento ainda atrapalha as montadoras, que estão longe de ter oferta suficiente do componente para manter os cronogramas de produção.

Ásia é a região mais afetada pela falta de semicondutores

O maior impacto da falta de semicondutores na produção de veículos, em termos de volume, ainda é na Ásia. A AFS estima que só as fábricas instaladas no continente – sem contar as da China – deixaram de fazer 434 mil unidades de automóveis, comerciais leves e pesados no acumulado deste ano.

Porém, no recorte apenas da indústria chinesa, são mais 107 mil unidades “cortadas” das linhas de montagem. Vale lembrar que o governo da China impôs lockdown em várias regiões do país nos últimos meses devido ao avanço nos casos de Covid-19, o que paralisou várias fábricas, especialmente em Xangai – há uma expectativa de que as medidas restritivas ficarão mais brandas a partir de junho.

Crise afeta o planejamento das montadoras

Em fevereiro, a mesma AFS projetou que 1,25 milhão de veículos deixarão de ser fabricados por falta de semicondutores em 2022, com mais de 400 fábricas ao redor do mundo com problemas de abastecimento do componente e Stellantis, General Motors e Volkswagen no topo dos grupos automotivos mais afetados pelo problema

No Brasil, o impacto atinge pelo menos 14 fábricas. Segundo dados da consultoria LMC Automotive, o páis deixou de fabricar 107 mil unidades de veículos no primeiro quadrimestre do ano.

Fonte: Automotive Business

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