Falta de chips tirou das linhas 107 mil veículos até abril
Volume representa quase 5% do total de licenciamentos projetados para o ano (Por Bruno de Oliveira, AB)
A falta de semicondutores segue refletindo nas linhas de produção de veículos instaladas no país, com paralisações em diversas montadoras. De 1º de janeiro a 26 de abril, de acordo com dados da LMC Automotive, deixaram de ser fabricados no Brasil 107 mil veículos. Considerando as projeções de vendas para o ano, 2,3 milhões de unidades, a perda representa 4,6% dos licenciamentos esperados.
Os dados foram apresentados pelo consultor Milad Kalume Neto, gerente de negócios da Jato Dynamics, durante o #ABPlan – Planejamento Automotivo 2022, evento organizado pela Automotive Business e realizado on-line na quarta-feira, 27. No encontro, foram debatidos os efeitos que a crise dos chips tem provocado nas fabricantes de veículos, e como isso afeta o planejamento das companhias.
– Clique aqui e acesse os debates e conteúdos do #ABPlan – Planejamento Automotivo 2022
Dois anos após o agravamento da pandemia no mundo, as empresas do setor analisam o cenário atual, ainda marcado pela escassez do componente de silício.
Dependência da Ásia
Afora a questão que trata do lugar de espera que o setor automotivo ocupa hoje na fila por chips, bem atrás de outras indústrias como é o caso da de eletroeletrônicos, foram apontados também no debate a dependência das empresas dos semicondutores asiáticos e a falta de tecnologia nacional, como fatores que também incidem sobre a situação de falta do componente.
Outro ponto de vista compartilhado no painel online foi a falta de outros componentes além dos chips. “Estamos falando de semicondutores mas outras coisas impactaram muito a entrega. A pandemia trouxe um caos total na logística e não é apenas chips que estão faltando. Precisamos rever o conceito de cadeia de suprimento do mundo globalizado, explicou Ivan Witt, diretor de compras do Grupo Caoa.
Fonte: Automotive Business