Em alta com matriz, Royal Enfield prepara produção de motos em Manaus

Montagem será feita em regime CKD com a Dafra, mas marca planeja fábrica própria no futuro (Por Vitor Matsubara)
Em alta com matriz, Royal Enfield prepara produção de motos em Manaus
Royal Enfield terá linha de montagem em Manaus e espera vender 12 mil motocicletas no Brasil em 2022

A Royal Enfield está nos preparativos finais para iniciar a produção de motocicletas no Brasil. A empresa realizará a montagem de seus produtos em Manaus, por meio de um acordo firmado com a Dafra. 

“A montagem em Manaus foi decidida por conta das isenções fiscais. Nossa ideia é de não baixar os preços, uma vez que os valores planejados já incluem a montagem em parceria com a Dafra. Futuramente, a ideia é erguer uma fábrica própria na região”, revelou Claudio Giusti, diretor de operações da Royal Enfield no Brasil.

Depois de Manaus, Royal Enfield promete lançamentos

Enquanto a montagem nacional não começa, a empresa concentra seus esforços em acabar com a fila de espera formada por alguns modelos. Depois disso, a ideia é voltar a investir em lançamentos.

“Hoje acreditamos que podemos resolver as filas de espera em até dois meses e, a partir daí, vamos direcionar para a estreia de novos produtos. Existe potencial para lançar derivados no motor 350, assim como no (motor) 650, no qual temos uma plataforma para estrear novas derivações”, disse Cláudio. “O compromisso é trazer todos os modelos disponíveis na gama internacional. Então, todas as motocicletas que forem lançadas na Índia serão vendidas no Brasil”, complementou.

Brasil só fica atrás da Índia

Cláudio Giusti comanda operações da marca indiana por aqui

A filial brasileira da Royal Enfield está com bastante moral junto à matriz. Com pouco mais de sete anos de operações por aqui, a empresa se estabeleceu como o maior mercado da marca fora da Índia.

Segundo dados divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a Royal Enfield fechou o ano passado na sétima posição. Neste ano, a marca está na quinta colocação no segmento de motocicletas no Brasil, considerando os números de janeiro a maio deste ano.

É por isso que a empresa traçou projeções otimistas para 2022. “A ideia é chegar a 12 mil motos neste ano”, declarou Cláudio.

Atuando no ‘oceano azul’

O segredo dos bons números passa pela estratégia da empresa no país, focando nas motocicletas de média cilindrada – segmento que costuma ser “desprezado” pela maioria das marcas, que concentra seus esforços nas categorias de alta ou baixa cilindradas.

“Nós miramos nesse ‘oceano azul’ das médias cilindradas, já que a matriz identificou bastante potencial de crescimento no Brasil antes mesmo do início das operações. Nossa operação, inclusive,foi a primeira a ter uma subsidiária nas Américas, juntamente com os Estados Unidos e antes mesmo do Reino Unido. Então, o Brasil sempre foi tido como um mercado de grande potencial para a Royal Enfield”, declarou.

O executivo afirma que a estratégia inicial da Royal Enfield esteve pautada no crescimento orgânico, sem investir em campanhas na grande mídia ou realizar uma expansão muito grande na rede de concessionárias. Com a consolidação de suas atividades no país, a ideia agora é ampliar o número de revendas.

“Passamos os primeiros 18 meses com uma única concessionária, indo para uma segunda fase com cinco a sete revendas e terminamos a última fase com 20 concessionárias em 16 estados. Depois da montagem da fábrica de Manaus vamos seguir com a expansão da rede. Nossa intenção é chegar a 25 concessionárias até março de 2023, incluindo também a abertura de mais uma revenda em São Paulo e outra em Belo Horizonte, além de Manaus, que é a única região do país (Norte) onde a Royal Enfield ainda não está presente.”

Fonte: Automotive Business

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