Com mudanças na medida certa, HB20 vai consolidar liderança


Coluna Fernando Calmon nº 1.208
Com mudanças na medida certa, HB20 vai consolidar liderança

Hyundai HB20 foi lançado em 2012 projetado como um modelo específico para o mercado brasileiro. Ao longo de 10 anos avançou lentamente, mas de maneira firme, entre os hatches compactos que naquela época representavam 60% das vendas e tinha o Gol ainda como líder destacado. Em 2015 recebeu pequenas modificações e em 2019 chegou a segunda geração. Esta recebeu uma grade frontal que não agradou a todos, mas o modelo continuou a crescer. Em 2021 foi o automóvel mais vendido no País.

Mudar o HB20, agora quase uma terceira geração, foi decisão estratégia da marca sul-coreana que deve consolidar a liderança confirmada neste primeiro semestre. Já o sedã HB20S só chega em setembro. A grade dianteira do hatch renovou completamente o visual do hatch para que parecesse mais largo. Na traseira lanternas e luzes de freio de LED estão interligadas por uma barra funcional (como no Tucson e Elantra) e a tampa do porta-malas ficou maior. As luzes direcionais nas extremidades do para-choque não oferecem visibilidade tão boa pela posição muito baixa.

No interior não houve tantas mudanças. Porém, as duas versões de topo contam com quadro de instrumentos digital (conta-giros sem ponteiro fica estranho) e partida do motor com climatização interna a distância. Conectividade Bluelink com tela de 8 pol. agora é gratuita por três anos, inclusive para os modelos já em circulação que só tinham seis meses de franquia.

A Hyundai avançou em recursos de segurança passiva (todas as versões agora com seis airbags). Adicionou novos itens de segurança ativa como assistentes de permanência e centralização na faixa de rodagem, frenagem autônoma de emergência que também detecta ciclistas e pedestres e alerta de tráfego na traseira com frenagem autônoma.

Motores (tricilindros flex de aspiração natural – 80 cv (E) e turbo – 120 cv) e câmbios automáticos de seis marchas não mudaram. Na primeira avaliação, no Circuito Panamericano, da Pirelli, o HB20 Platinum Plus com o motor mais potente demonstrou ter um conjunto coerente, bons freios, direção precisa e com as novas rodas de liga leve de 16 pol. e pneus 195/55 o comportamento em curvas é exemplar. Preços: Sense – R$ 76.690; Comfort – R$ 79.990; Limited – R$ 85.490; Comfort T-GDi MT – R$ 93.790; Comfort T-GDi AT – R$ 99.390; Platinum T-GDi AT – R$ 105.390; Platinum Plus T-GDi AT – R$ 114.390.

Honda HR-V avança em estilo e motorização turbo

O desenho ganhou jeito de SUV cupê (embora a Honda não o classifique assim) e representa evolução marcante frente ao HR-V de geração anterior. Frente relativamente discreta e na traseira lanternas de LED são interligadas por uma barra luminosa. As dimensões externas são praticamente as mesmas. Altura diminuída em 2 cm sem afetar o espaço interno que até ganhou 3,5 cm para as pernas no banco traseiro e se manteve o basculamento do assento para cima. Houve, porém, diminuição do porta-malas de 437 litros para 354 litros. Interior foi todo revisto incluindo volante e painel, mas o acabamento em plástico rígido continua.

Nas versões EX e EXL o motor de 1,8 litro foi trocado pelo de 1,5 litro de 126 cv e 15,8 kgf.m do City. Embora este seja mais moderno com densidade de potência e torque maiores e um câmbio CVT bem acertado, os mais atentos poderão sentir a diferença de 14 cv a menos, mas no torque a desvantagem cai para apenas 1,6 kgf.m. As duas versões mais caras, Advance e Touring, vão oferecer a partir de outubro desempenho muito melhor porque receberão turbocompressor, mas a Honda não antecipou potência e torque.

Chama atenção o pacote de segurança Honda Sensing. Desde a versão de entrada inclui seis airbags, controle de cruzeiro adaptativo também em baixas velocidades, frenagem para mitigação de colisão, assistente de permanência em faixa e mitigação de evasão de pista, controle de descida e subida em rampa, câmera de ré e sensores de estacionamento (apenas na traseira).

Os HR-V EX e EXL chegam em agosto às concessionárias. A empresa só anunciará os preços no final deste mês.

Fenabrave refaz projeções para 2022

Ao apresentar o balanço dos emplacamentos de veículos leves e pesados no primeiro semestre, a Fenabrave reportou redução de 14,5% em relação a 2021. Para o presidente da entidade, José Andreta Jr., “as fábricas ainda sofrem com a falta de componentes e estão produzindo o que conseguem. Há muitos carros parados nos pátios por falta de peças. Existe um represamento de 500 mil unidades já vendidas, com sinal, e não entregues”.

Junho teve um dia útil a menos do que maio, porém a média diária de 8.270 unidades se manteve. Atenta aos resultados do primeiro semestre, a entidade refez suas projeções para 2022. No começo do ano a previsão era de crescer 4,6% sobre 2021.

Este cenário mais difícil fez com que a Fenabrave refizesse suas projeções para 2022. “No começo do ano prevíamos crescimento total de emplacamentos de 4,4 % no setor de automóveis e comerciais leves, o de maior volume. Agora, devido aos problemas de abastecimento de peças que paralisam algumas fábricas, revimos nossas previsões. Projetamos números de emplacamentos semelhantes aos do ano passado, incluídos caminhões e ônibus”, concluiu Andreta Jr.

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