Em 2025, a primeira fase do PL8 terá início com normas de emissões ainda mais rigorosas dos que as praticadas atualmente
O catalisador garante que até 98% dos poluentes sejam convertidos em gases inofensivos e água
Para auxiliar as fabricantes de automóveis nos cumprimentos da nova legislação, novas tecnologias de washcoat foram implementadas
A partir de 2025, entrará em vigor a primeira fase do Proconve L8 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores para Leves 8) com normas de emissões ainda mais criteriosas. Para atender a essa etapa da legislação, o catalisador automotivo, presente nos veículos vendidos no Brasil desde o final da década de 1990, será um importante aliado na diminuição dos gases poluentes.
O catalisador automotivo está inserido em uma peça metálica conhecida como conversor catalítico, “A parte interna do catalisador, suportado em um substrato cerâmico ou metálico, é composta por um revestimento de óxidos e metais nobres, como platina, paládio e ródio. Quando os gases produzidos durante a queima do combustível entram em contato com esses metais, reações químicas acontecem, transformando-os em gases inofensivos e água, que são lançados na atmosfera pelo escapamento. Esse número de conversão pode chegar até 98%”, explica Miguel Zoca, Gerente Sênior de Aplicação do Produto da unidade de catálise da Umicore no Brasil.
O especialista afirma que, com a chegada do PL8, a média de emissões dos carros comercializados no país pelos fabricantes individualmente deverá ser de até 50 mg/km de NMOG (gases orgânicos não metanos) + NOx (óxidos de nitrogênio), 4mg/km de PM (material particulado), 600 mg/km de CO (monóxido de carbono) e 10 mg/km de aldeídos.
Para auxiliar as montadoras no cumprimento dessas exigências, a Umicore, uma das maiores fabricantes de catalisadores do mundo, trouxe mudanças na tecnologia do catalisador. “Neste componente, novas tecnologias de washcoat (mistura de óxidos de alumínio, zircônio e terras raras) foram implementadas e cargas de metais preciosos foram otimizadas”, conta Zoca. “Em alguns casos, um catalisador extra é acoplado nos veículos”.
A legislação também exige um esforço conjunto entre as montadoras e seus fornecedores para desenvolver produtos que atinjam os resultados desejados. Neste quesito, a Umicore e os seus clientes trabalharam juntos, utilizando o Centro Tecnológico de Emissões Veiculares da empresa, para que cada especificidade fosse atendida corretamente e a conversão correta das emissões fosse garantida e comprovada.
A segunda fase do PL8 terá início em 2027 e a terceira, em 2029. “A partir da última etapa, o atendimento dos limites de NMOG poderá ser um desafio para veículos com partida a frio, especialmente aqueles que possuem a partida frio muito rica em etanol. Nesse contexto, a Umicore já está preparada para atender essas futuras normas com soluções tecnológicas inovadoras”, relata o executivo.
Sobre a Umicore
Umicore é uma empresa de tecnologia de materiais circulares que concentra suas atividades em áreas de aplicação, nas quais seu conhecimento na ciência dos materiais, química e metalurgia faz a diferença. As atividades são organizadas em quatro Grupos de Negócios: Materiais de Bateria, Catálise, Reciclagem e Materiais Especiais. Cada grupo de negócios está dividido em unidades direcionados ao mercado, oferecendo materiais e soluções na vanguarda dos novos desenvolvimentos tecnológicos e que são essenciais no dia a dia. A Umicore investe a maior parte de suas receitas e dedica seus esforços de P&D para materiais de mobilidade limpa e reciclagem. O objetivo da empresa de criar valor sustentável baseia-se em sua ambição de desenvolver, produzir e reciclar materiais de forma a cumprir sua missão: “Materiais para uma vida melhor”. As operações industriais e comerciais da Umicore, assim como as atividades de P&D, estão localizadas em todo o mundo para melhor atender sua base global de clientes com mais de 11.500 colaboradores. O Grupo gerou uma receita de vendas (excluindo o metal) de EUR 3,9 bilhões (faturamento de € 18,3 bilhões) em 2023.