Por Mário Curcio
A Bosch comemora dez anos de aplicação do seu Controle de Estabilidade para Motos (MSC). Lançado em 2013, ele equivale ao ESP dos automóveis. Este foi o primeiro sistema de segurança completo para veículos de duas rodas. A partir do monitoramento de diferentes parâmetros da moto, como o ângulo de inclinação, o MSC faz ajustes instantâneos, intervindo nas frenagens e acelerações.
O sistema garante mais segurança até mesmo em curvas com inclinação bastante acentuada. Ele impede que as rodas travem, deslizem ou que a moto assuma uma posição vertical durante uma frenagem em curva, situação que causa boa parte dos acidentes.
A Bosch também oferece desde 1984 um sistema antitavamento das rodas específico para motocicletas. “O ABS faz toda a diferença nas estatísticas, pois 48% dos acidentes graves e fatais poderiam ser evitados se todas as motos fossem equipadas com o sistema”, afirma o gerente de marketing e produto da Bosch, Michel Braghetto.
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Segundo levantamento da empresa, apenas um quarto das motos vendidas no Brasil tem o ABS instalado. No entanto, isso ocorre porque o item só é obrigatório para modelos com cilindrada igual ou superior a 300 cc, enquanto o mercado predominante (mais de 80%) é formado por modelos até 160 cc.
Abaixo de 300 cc, as montadoras têm a opção de aplicar o ABS nas duas rodas, somente na dianteira ou então empregar uma solução de baixo custo chamada CBS, da sigla em inglês para Sistema Combinado dos Freios. E é esta a opção mais utilizada.
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Vale aqui uma rápida explicação: assim como as bicicletas, a maior parte das motos e scooters tem freios dianteiro e traseiro com acionamentos independentes. Mas com este sistema CBS, se o piloto acionar somente o traseiro, o dianteiro também entrará em ação.
Em tempo, a legislação brasileira ainda não obriga o uso de controles de estabilidade com o MSC, que em regra é aplicado em motos de alta cilindrada e custo elevado.