Altos executivos: cinco passos para enfrentar os desafios da recolocação profissional

12/03/2018


Por Fernanda Andrade

Apesar dos sinais de melhora, o Brasil sofreu muito com a crise econômica que afetou o país nos últimos anos. Segundo dados do IBGE – Instituto Nacional de Geografia e Estatística, até dezembro de 2017 eram 11,1 milhões de desempregados. E, dessa vez, não foram apenas os cargos mais operacionais que sofreram. Entre os que buscam recolocação profissional, estão milhares de executivos. Por terem muito tempo de empresa e funções estratégicas, muitos acumulavam salários e benefícios que não condizem mais com a realidade das empresas.

A demissão pegou muitos de surpresa, já que a estabilidade parecia reinar absoluta. Estima-se que a recolocação desses profissionais seja a mais difícil e demorada, levando em torno de 12 a 18 meses. Como estavam totalmente desacostumados a procurar emprego, executivos encontram muitas dificuldades extra, sendo quase sempre necessário recorrer a ajuda de profissionais especializados. Para facilitar a busca, segue algumas dicas imprescindíveis para a recolocação.

Currículo: É preciso atualizar o currículo de forma a dialogar com o mercado atual. Muitas vezes, por estarem no mesmo cargo e na mesma empresa há anos, os executivos desconhecem alguns pontos chave que hoje são valorizados em currículos. Ele deve apresentar as competências técnicas e resultados profissionais que o diferenciam e que refletem sua carreira. O currículo deve estar à mão para situações em que ele possa apresentá-lo de forma satisfatória à sua rede de contatos. Uma consultoria especializada em Outplacement pode ajudar. Esses profissionais são especialistas em preparar o executivo desde a atualização do currículo até à busca por recolocação, transição de carreira ou mesmo no apoio à abertura de sua própria empresa por meio de ferramentas como Coaching e Assessment.

Networking:  A rede de contatos deve ser trabalhada sempre, mesmo quando se está empregado. Muitas vezes, o executivo fica com vergonha de ter sido demitido e acaba se isolando. Isso é um erro grave. O profissional precisa entender o motivo da sua demissão, elaborar um discurso e manter isso alinhado com sua rede de contatos. Além dos famosos “cafezinhos”, é interessante fazer networking também por meio das redes sociais. O Linkedin é a mais recomendada, visto que é focada no segmento profissional. Fazer conexões com pessoas de RH e Headhunters é importante. Mantenha o perfil atualizado e faça-se presente pela participação em fóruns e postagem de conteúdos relevantes para sua área e mercado.

Cursos: A reciclagem é fundamental, sobretudo porque te permite expandir o leque de possibilidades na recolocação. Quase tão importante quanto o conhecimento, é a oportunidade de se relacionar com novas pessoas. O networking dentro desse tipo de ambiente é muito eficiente e ajuda a construir novas relações. Escolha cursos presenciais porque os online não oferecem esse mesmo tipo de abordagem. Busque cursos que vão além de sua área de conhecimento, abrindo-se realmente a novos horizontes.

Novos desafios: Esteja disposto a assumir postos diferentes do que você tinha. Aceitar ganhar menos tem sido uma das condições diante do ajuste de salários no mercado. Um trabalho numa área nova, assim como um cargo menos sênior é uma das possibilidades. Empresas de porte médio tem aproveitado a oportunidade para contratarem executivos mais experientes. Se você estiver disposto a sair da zona de conforto em que estava, pode se dar muito bem.

Empreendedorismo: O desemprego, muitas vezes, serve de empurrão para quem já tinha vontade de empreender. E é importante saber que as oportunidades vão muito além de uma contratação no regime CLT. Muitos executivos estão apostando na abertura de consultorias, a fim de compartilharem suas experiências por meio da prestação de serviços e não mais de um emprego. Outra possibilidade é abrir empreendimentos em outras áreas. O setor de franquias, por exemplo, costumar ser bastante atrativo para esse perfil profissional.

Independentemente de qual for a decisão, o mais importante é que o executivo esteja bem preparado e animado com as novas possibilidades. Lamentar a perda do emprego ou manter uma postura saudosista e nostálgica só irá atrapalhá-lo. É importante ser grato por tudo o que viveu, pelas oportunidades que teve, mas estar disposto e de coração aberto para assumir novas empreitadas. Disposição e força de vontade são itens indispensáveis na vida de qualquer profissional – mais ainda para alguém que já escreveu uma história de sucesso.

Fernanda Andrade é Gerente de Hunting e Outplacement da NVH – Human Intelligence.

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