Abril tem maior inflação em 26 anos

Inflação acumulada em 12 meses chegou a 12,13%, acima dos 12 meses anteriores e a maior desde outubro de 2003 (13,98%)
Abril tem maior inflação em 26 anos

Com o aumento no preço do gás de cozinha, alta da gasolina, cesta básica, contas de energia elétrica e no aluguel, o consumidor tem sentido cada vez mais a desvalorização do seu poder de compra. Nesta semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, mostrou que abril deste ano foi 1,06%. A taxa ficou abaixo da registrada em março (1,62%), no entanto, foi o índice mais alto para um mês de abril desde 1996 (1,26%). Especialistas explicam o motivo da alta na inflação afetar tanto o dia a dia dos brasileiros atualmente.

De acordo com o IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (11) a taxa de abril deste ano foi a mais alta em 26 anos. A inflação acumulada em 12 meses chegou a 12,13%, acima dos 12 meses anteriores e a maior desde outubro de 2003 (13,98%).

Em uma pesquisa divulgada pela ABRAS nesta sexta-feira (13) do Índice Nacional de Consumo nos Lares Brasileiros, mostrou que neste primeiro trimestre os consumidores buscam lojas que apresentam os menores preços, fazem a substituição de marcas mais caras por mais baratas e optam por embalagens de melhor custo-benefício.

“O primeiro trimestre foi marcado pela busca de lojas que operam com preços menores e pela compra de abastecimento concentrada nas semanas próximas do recebimento do salário. Por ora, a troca de marca, a substituição de produtos, a busca por embalagens de melhor custo-benefício e por marcas próprias se mantêm acentuadas para compor a cesta de abastecimento”, explica o vice-presidente Institucional da ABRAS, Marcio Milan.

Além disso, a ABRAS ainda indicou um aumento nas cestas básicas, que tiveram um aumento inflacionário puxado pelo repasse dos custos de produção da cadeia dos alimentos. Especialmente com o aumento do preço do diesel, que impacta o frete na logística dos produtos. Segundo o Instituto, uma cesta com 35 produtos básicos como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene pessoal e beleza acumula alta de 5,11% no primeiro trimestre. Em março a cesta registrou uma alta de 2,40% e passou de R$ 719,06 em fevereiro para R$ 736,34 em março. Em 12 meses, a alta foi de 15,45%.

Ao mesmo tempo, os trabalhadores que sofrem com uma restrição orçamentária, sendo aqueles que não estão tendo um reajuste na mesma velocidade da inflação, se vêem endividados com a desvalorização do seu poder de compra.

Com informações do Brasil Econômico

Fonte: Novo Varejo

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