Vendas no e-commerce caem 8,48% em abril ante março


Ao comparar as vendas praticadas pela internet, abril de 2022 (em relação ao mesmo mês do ano passado) teve uma leve alta de 1,52%
Vendas no e-commerce caem 8,48% em abril ante março

esmo com o novo hábito de compras online no Brasil, o país teve queda de 8,48% no setor ao comparar abril com março. Considerando o mesmo período de comparação, o faturamento também registrou um resultado negativo: -2,77%. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

“Historicamente, abril sempre foi um mês de quedas no comércio em geral, não apenas no e-commerce. Parte do motivo pelo qual é um período menos aquecida, é que os consumidores dispendem seus recursos com lazer, em razão dos feriados existentes nessa época”, afirma Renata Carvalho, coordenadora do Ciclo MPE da camara-e.net.

Vendas online

Ao comparar as vendas praticadas pela internet, abril de 2022 (em relação ao mesmo mês do ano passado) teve uma leve alta de 1,52%. No acumulado do ano, o crescimento segue em 9,63%.

Na comparação por região, considerando os meses de abril e março, os resultados foram:

  • Norte (-6,72%);
  • Nordeste (-7,90%);
  • Sudeste (-8,31%);
  • Centro-Oeste (-8,85%);
  • e Sul (-10,02%).

Já no acumulado do ano, as regiões tiveram o seguinte desempenho:

  • Norte (28,03%);
  • Nordeste (19,50%);
  • Centro-Oeste (14,19%);
  • Sul (12,09%);
  • Sudeste (5,74%).

Faturamento

O mês de abril, em relação ao mesmo período do ano passado, teve queda no faturamento de 6,45%. Em contrapartida, no acumulado do ano, segue em expansão: 6,27%.

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Ao comparar os dados de faturamento por região, entre os meses de abril e março, o desempenho foi:

  • Norte (-9,26%);
  • Nordeste (-10,82%);
  • Sudeste (-12,95%);
  • Centro-Oeste (-13,56%);
  • e Sul (-14,75%).

Na comparação do acumulado no ano, os resultados foram:

  • Nordeste (11,68%);
  • Sul (10,95%);
  • Norte (10,50%);
  • Centro-Oeste (6,67%);
  • e Sudeste (3,33%).

Participação do e-commerce no comércio varejista

Em março de 2022, o e-commerce representou 13,2% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 12,4%. Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 10 de maio.

Categorias

Em março de 2022, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma:

  • equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (42,1%);
  • móveis e eletrodomésticos (29,2%);
  • e tecidos, vestuário e calçados (10,6%).

Na sequência, ficou assim:

  • artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,3%);
  • outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,4%);
  • hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%);
  • e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (1,5%).

Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.

Consumidores online

Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no primeiro trimestre de 2022 (janeiro a março), 17,5% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online.

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Metodologia do MCC-ENET

Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, a Neotrust | Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro. Neste caso, adiciona processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.

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O MCC-ENET traz uma visão completa a respeito do e-commerce no país a partir da análise das seguintes variáveis: percentual nacional e regional de vendas online, faturamento do setor e tíquete médio. Além disso, também analisa mensalmente a participação mensal do e-commerce no comércio varejista e o crescimento do setor no varejo restrito e ampliado — o mesmo vale para a distribuição das vendas por categoria. Por último, a penetração de internautas que realizaram ao menos uma compra trimestralmente pela internet também está contemplada no índice.

Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação. Isso ocorre porque ainda não são monitorados pela Neotrust | Movimento Compre & Confie.

Clique aqui para acessar o estudo completo.

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Fonte: E-Commerce Brasil

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