Segmento está se adaptando para atender às novas regulamentações ambientais e reduzir a emissão de CO₂, com ênfase nos lubrificantes de baixa viscosidade que promovem ampla eficiência energética e menor impacto ambiental, uma análise relevante para compreender as tendências e investimentos em sustentabilidade no mercado de lubrificantes
Por Marcelo Martini
Diante da constante evolução do mercado, periodicamente, o setor automotivo passa por profundas transformações. Neste momento, o segmento avança a passos largos em direção à mobilidade sustentável, focado no desenvolvimento de soluções robustas que corroborem para um futuro mais limpo e ecológico.
Com isso, mitigar o impacto ambiental por meio da redução das emissões de gases poluentes torna-se uma preocupação relevante para os especialistas e empresas deste setor. Isto porque, segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, divulgado em 2019, o setor de transportes é responsável por 15% de todas as emissões globais diretas de CO².
Como parte essencial do setor automotivo, o segmento de reposição também está se adaptando rapidamente a esse novo modelo sustentável. De acordo com o SINDIPEÇAS, somente a indústria brasileira de autopeças deve investir cerca de R$ 50 bilhões até 2028 na esteira dos projetos das montadoras que envolvem veículos verdes.
De um modo geral, esse cenário demonstra o reconhecimento das empresas do segmento quanto à necessidade de um alinhamento estratégico à agenda ESG (Environmental, Social and Governance) e de investimentos em soluções que aprimorem o desempenho dos veículos e, ao mesmo tempo, reduzam as emissões de CO², contribuindo diretamente para a descarbonização.
Inovação e sustentabilidade para o setor automotivo
Para incentivar o desenvolvimento de alternativas sustentáveis para o setor, as empresas devem estar atentas às novas regulamentações e compromissos ambientais. Um exemplo é a 26ª edição da Conferência das Nações Unidas (COP26), que estabeleceu a meta de que, até 2040, todos os novos carros vendidos tenham emissão zero de gases de efeito estufa.
Diante desse contexto, o mercado de lubrificantes automotivos, essencial para o desempenho dos veículos, também tem se comprometido a atender às normas ambientais. Através de tecnologias de ponta, o segmento vem apostando no desenvolvimento de lubrificantes com menor viscosidade, que além de aumentar a eficiência no consumo de combustível e prolongar a vida útil dos motores, reduz significativamente a emissão de gases poluentes dos veículos.
Esse tipo de solução é resultado de pesquisas em novas bases sintéticas ou biodegradáveis, aditivos ecologicamente corretos e métodos de produção mais sustentáveis. Além disso, essas tecnologias são preparadas para acompanhar as motorizações mais modernas e dão origem a produtos que se adaptam a diversas aplicações.
O impacto dos lubrificantes com menor viscosidade nos motores
Formulados com aditivos avançados, os lubrificantes com menor viscosidade proporcionam um alto nível de proteção contra o desgaste e corrosão, e são responsáveis por diminuir a resistência interna dos motores, gerando menor perda de energia e, consequentemente, melhor eficiência no consumo de combustível.
A formulação dessas soluções conta com aditivos que evitam a degradação precoce e a formação de depósitos, além de assegurar estabilidade química e física em condições extremas de temperatura e pressão. Em baixas temperaturas, por exemplo, os lubrificantes circulam com maior facilidade pelos componentes do motor, reduzindo o atrito e melhorando o desempenho do veículo em altas velocidades.
Entretanto, é importante reforçar que, para garantir a melhor performance do veículo, é imprescindível seguir as recomendações de viscosidade no manual do proprietário, e optar sempre por lubrificantes de qualidade e com as certificações e homologações necessárias.
Diante disso, com a rápida transformação do setor automotivo e a crescente demanda por soluções sustentáveis, os lubrificantes de baixa viscosidade atuam como uma alternativa eficaz, oferecendo menor atrito, alta resistência e redução na emissão de gases poluentes, contribuindo para um futuro cada vez mais sustentável para o mercado de automóveis.