Por Victor Fagarassi
No esforço de superar um dos principais obstáculos dos veículos pesados elétricos – a autonomia -, a WEG apresentou um sistema inovador, que já vem sendo utilizado na prática. Batizado de Range Extender, o conjunto extensor de autonomia foi desenvolvido em parceria com a Horse, marca do grupo Renault.
“A novidade é o uso de um gerador que faz o papel da bateria”, explica Gilson Piovesan, líder Comercial de eMobility da WEG Digital & Systems. O sistema é composto por um motor a combustão flex da Horse, que opera com etanol ou gasolina. Esse motor gera uma rotação que é capturada por um gerador da WEG, transformando-a em energia elétrica para alimentar uma pequena bateria e o sistema de tração do veículo.
A solução é apresentada como ideal para situações com infraestrutura limitada de carregadores ou para rotas que exigem autonomia superior à fornecida apenas pelas baterias. “Você abastece, por exemplo, com etanol, e mantém ainda o sistema elétrico para atingir as metas de redução de emissões”, complementa o executivo, ressaltando a vantagem ambiental.
Mais econômico e eficiente
Outra vantagem do sistema é a sua eficiência. “Basta ajustar o gerador e o motor para a rotação que oferece o melhor ponto de eficiência e o menor consumo de combustível. “Então, embora utilize um motor a combustão, o sistema é muito mais econômico do que um propulsor simplesmente flex, porque opera sempre na faixa de rotação mais otimizada”.
O sistema Range Extender já foi adotado em uma aplicação comercial, caso do modelo Volare Fly10 GNV/Biometano, mas a tecnologia é bem mais versátil. “Além de servir em carros de passeio e ônibus mais leves, pode ser usado também em máquinas agrícolas, em veículos de mineração”, comenta Piovesan. A competitividade, segundo ele, é ampliada pelo uso de um motor de alta escala e produção local. “Esse propulsor é comum no mercado hoje. Tanto a Horse quanto a WEG produzem localmente, com escala de volume para deixar o sistema mais competitivo”.
Fonte: Frota&Cia
