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GM troca o fornecedor da polêmica correia banhada a óleo do Chevrolet Onix

Casos de problemas foram pontuais, afirma diretor Hermann Mahnke, que vê repercussão desproporcional

12/08/2025

Por André Barros

Ainda que os problemas fossem pontuais, com zero rompimentos identificados, a General Motors trocou o fornecedor da polêmica correia banhada a óleo do motor turbo do Chevrolet Onix. A Dayco passa a produzir o item, agora com reforço de fibra de vidro e com garantia de 240 mil quilômetros.

Não significa, porém, que a anterior, fornecida pela Continental, seja ruim: segundo Hermann Mahnke, diretor de negócios digitais da GM, foram poucos os problemas efetivamente relatados no Brasil, todos com Chevrolet Onix. Nos Estados Unidos, onde alguns modelos usam o motor com o mesmo componente, zero reclamações.

“É desproporcional o volume que o assunto ganhou nas redes sociais. Em nossos canais oficiais ele representa apenas 3% das interações e muito relacionado a dúvidas geradas pela própria repercussão”.

O diretor da GM identificou alguns movimentos considerados por ele “estranhos”. Citou como exemplos comentários nas redes sociais usando os mesmos termos – “seis por meia dúzia”, “ou seja” – de perfis sem seguidores e sem outras interações. Houve casos até de diversos comentários, na sequência, na língua uzbeque. Tudo sugere que robôs estejam amplificando o assunto nas redes.

“É uma quantidade desproporcional de engajamento negativo em um curto período de tempo. São construções narrativas idênticas, repetições de palavras-chave e uso de emojis e símbolos iguais. Muitos perfis sem seguidores, sem história na rede e que não respondem quando a empresa entra em contato. Há um forte indício de inautenticidade.”

Medidas para reforçar a qualidade

De toda forma alguns casos foram relatados e a GM se movimentou para minimizar o arranhão na imagem. Para a linha anterior do Onix se comprometeu a renovar a garantia do item, até 240 mil quilômetros, mediante análise em alguma concessionária, por R$ 660 – que inclui troca de óleo, filtro e etc –, especialmente para segundos proprietários em diante.

Esta garantia pode ser reativada também em caso de irregularidades encontradas, mediante o pagamento de R$ 700 e a substituição de todo o sistema da correia.

A partir da linha 2026 a peça é nova. Mas o cuidado com a manutenção deve ser o mesmo: “Reforçamos o material, mas é importante seguir as instruções do manual com relação às especificações do óleo lubrificante”, afirmou Emerson Fischler, diretor de engenharia da GM. “É complicado, porque segundo dados do ICL [Instituto Combustível Legal] em torno de 20% do óleo usado no Brasil é adulterado ou falsificado”.

A GM recomenda óleo com especificação 0W-20 da SAE, com o selo Dexos 1. Embora indique o de sua marca, ACDelco, é possível – e não desaprovado – utilizar o de concorrentes.

Fonte: AutoData

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