De acordo com o Mapa da Fraude, estudo elaborado pela ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, só em 2021, foram registradas, no Brasil, 6,1 milhões de tentativas de golpes envolvendo meios de pagamentos digitais – quantidade que somaria algo em torno de R$ 5,8 bilhões. Em 2022, ao longo do primeiro semestre, já foram 2,8 milhões de tentativas.
Segundo o levantamento, as tentativas registradas nos seis primeiros meses deste ano já superam as do mesmo período de 2021 em quase 10%. Este crescimento acompanha o aumento dos pedidos feitos no e-commerce – que, durante a pandemia, acabou se tornando uma alternativa permanente de compra.
Um dos exemplos mais recentes dos golpes que vêm acontecendo no mercado é o uso do PIX, que permite transferências de valores entre contas de forma instantânea, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Há ainda tentativas de fraudes em processos digitais como abertura de contas, emissão de cartão e empréstimo pessoal.
Com o smartphone em mãos, os consumidores pesquisam, compram e realizam pagamentos, sem a necessidade de usar dinheiro em espécie, buscando sempre a melhor experiência de consumo. Conforme dados do Banco Central (Bacen), R$ 40 bilhões em cédulas deixaram de circular no País em 2021, uma redução de 10,5%, em comparação a 2020.
VEJA TAMBÉM
- E-book: PIX: confira tudo o que você precisa saber para usar a ferramenta no seu negócio
- Salto da Selic eleva absurdamente os juros cobrados pelas empresas
- O estabelecimento pode ter preços diferentes para crédito, débito e dinheiro? Tire esta e outras dúvidas sobre meios de pagamento
Além dos cartões de crédito e débito, outros meios de pagamento vêm sendo amplamente utilizados pela população, como transações por aproximação, código QR, PIX, PIX Saque e PIX Troco, boleto com código de barras e código QR PIX, links e WhatsApp Pay.
Diante das crescentes tentativas de golpe, cada vez mais sofisticadas, é essencial que fornecedores e lojistas conheçam as particularidades dos meios de pagamento que utilizam e adotem práticas mais seguras no dia a dia, visando a beneficiar a experiência do consumidor. Confira, a seguir, algumas orientações neste sentido.
Cuidado com páginas falsas que utilizam a identidade de empresas reais
Antes de tudo, para manter o negócio protegido, é importante conscientizar os clientes a respeito do uso dos próprios dados. É preciso evitar que os golpistas tenham acesso a estas informações, as quais, posteriormente, podem ser usadas como base para atacar empresas. Criminosos têm criado páginas falsas de marcas conhecidas nas redes sociais, disfarçadas de promoções ou reserva de locais, com o objetivo de captar dados dos usuários. Daí a importância de se fazer um acompanhamento constante do que vem sendo divulgado nessas mídias, a fim de inibir ações criminosas, orientando os consumidores.
Combater a fraude no ambiente empresarial pode parecer complexo e, até mesmo, caro. Por outro lado, o(a) empreendedor(a) precisa entender que a fraude é muito mais prejudicial para as finanças do negócio do que o alto custo pago por um serviço que possa combatê-la.
O mercado conta com serviços especializados em combate a fraudes altamente capazes de oferecer soluções simples, por um preço compatível com diferentes portes e momentos das empresas – podendo, inclusive, apoiá-las em toda a cadeia de digitalização de pagamentos.
Gestão de risco dentro da empresa
Outro ponto que precisa ser levado em conta é a adoção de um sistema de gestão de risco que ofereça segurança, agilidade e foco na performance, pois de nada adianta dispor de um ambiente seguro se isso significar muita fricção para o cliente, dificultando a conclusão de uma transação.
Assim, é fundamental que o estabelecimento conte com um bom processo, capturando dados importantes do comprador. No momento do checkout, é possível coletar dados precisos para uma checagem de fraude, permitindo que a ferramenta antifraude realize a sua função da maneira mais assertiva possível.
Com base nisso, trabalhe com um amplo banco de dados – ou com um parceiro que o disponibilize – para cruzar informações e identificar eventuais suspeitas de golpe, garantindo a proteção das transações. No mesmo sentido, é importante usar tecnologia e Inteligência Artificial (IA) de forma maciça. A combinação de estratégias de cruzamento de dados e tecnologia com um toque humano especializado para identificar algumas sutilezas importantes da fraude, é o que as empresas de antifraude oferecem como serviço pagando uma tarifa ou porcentual por transação.
O consumidor tem se adaptado ao novo ambiente de negócios, com a integração dos canais offline e online. Os pagamentos digitais exercem um papel fundamental para melhorar a experiência de compra do cliente, inclusive estimulando a sua recorrência. Muitas novidades estão para chegar e se consolidar no mercado, como o metaverso e as criptomoedas. Por isso, conhecer as últimas inovações e tendências é fundamental para manter o negócio competitivo, considerando, inclusive, medidas de mitigação de riscos cibernéticos.
Fonte: FecomercioSP
