Depois de sete anos no mercado, a picape Oroch (antes Duster Oroch) exigia mudanças. Embora não se trate de nova geração, o resultado ficou bom em estilo e mecânica.
As modificações concentram-se na parte frontal com uma solução mais estética para os faróis auxiliares (na versão de topo Outsider), além de grade e para-choque novos. Destaque para o ângulo de entrada de 27,6 graus. Novas rodas de liga leve de 16 pol., apliques nos para-lamas, retoques nas lanternas traseiras, o nome Oroch estampado na tampa da caçamba e um “santantônio” de desenho parrudo completam as mudanças.
Interior traz novos materiais, quadro de instrumentos modernizado, ar-condicionado digital, central multimídia flutuante de 8,4 pol. posicionada em posição elevada que permite desviar menos o olhar do trânsito à frente e conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Carregador de celulares por indução é acessório nas concessionárias. Há câmera e sensores de ré. Houve melhoras ainda em segurança ativa. São de série sistema anticapotagem e controles de estabilidade e de partida em rampa. O volante é novo, porém permanece sem regulagem de distância.
A Oroch se posiciona em dimensões entre Strada e Toro, mas é concorrente mesmo da primeira ao oferecer maior espaço interno, porém distante da segunda neste aspecto, principalmente no banco traseiro. A picape da Renault dispõe agora de um motor turbo flex de 1,3 L, 170 cv (E)/162 cv (G) e 27,5 kgf.m (o mesmo torque da Toro, mas esta entrega potência 15 cv superior).
Em primeira e breve avaliação com o novo motor exclusivo da versão de topo e caixa automática CVT de oito marchas as acelerações e retomadas impressionaram muito bem pela favorável relação peso-potência. Aceleração declarada de 0 a 100 km/h: 9,9 s. Supera nitidamente a Strada que só tem motores de aspiração natural e é até um pouco melhor que a Toro (por seu porte maior pesa 238 kg mais). Suspensão independente nas quatro rodas muito boa em curvas. Mas a direção eletro-hidráulica é um pouco pesada, em especial ao estacionar.
Preços da Oroch vão de R$ 105.800 a R$ 137.100.
Renovação de frota pode sair do papel
Criado por medida provisória, o programa Renovar inicia por caminhões e ônibus de 30 anos ou mais de uso. Caminhoneiros autônomos entregariam o veículo numa empresa de reciclagem (desde que cheguem rodando) e receberiam pelo valor da sucata. Poderão adquirir outro caminhão usado com menos anos de fabricação e ajuda de um fundo específico subsidiado de financiamento.
Entretanto faltam regulamentações para se concretizar. Será possível a inclusão de táxis, porém ainda se definirá um parâmetro sobre idade do veículo. Mais adiante carros particulares também estariam elegíveis, embora essa possibilidade pareça bem distante.
Renovação de frota traz benefícios ambientais, segurança de trânsito e economia de combustível. Para isso deveria se criar antes a Inspeção Técnica Veicular (ITV). O problema é que tudo depende de a economia do País crescer a um ritmo maior que daria sustentação à ampliação do mercado automobilístico e à implantação da ITV.
ALTA RODA
PRODUÇÃO de veículos recuou 17% no primeiro trimestre deste ano frente ao mesmo período de 2021. Anfavea informou que os números ficaram abaixo de suas previsões. Os estoques totais subiram de 24 dias em fevereiro para 25 em março (normal entre 35 e 40 dias). Apesar de dificuldades para aumentar a produção pela falta de componentes, manteve sua previsão de crescimento de 8,5% das vendas ao final de 2022 sobre 2021. A entidade acredita em pequena redução adicional do IPI em abril. Isso deixa alguns compradores em compasso de espera por menor que seja eventual repasse aos preços praticados ou possibilidade de reajuste abaixo do esperado.
Tiggo 7 Pro tem no interior refinado um dos melhores predicados. Espelho interno convexo amplia a retrovisão e há até alerta de ponto cego também para passageiros do banco de trás. O sistema multimídia é de 12,7 pol., mas a área visível não ocupa toda a largura da tela. Motor turbo (apenas a gasolina, 187 cv e 28 kgf.m) e o câmbio automatizado de 7 marchas entregam o melhor desempenho entre os SUVs médios-compactos graças à boa relação peso-potência de 8 kg/cv facilmente notada na avaliação. Outro destaque: porta-malas de 476 litros. Entre itens de segurança ativa faltam frenagem automática de emergência e leitor de faixa de rodagem.
NISSAN entrou no clube das fabricantes que resolveram investir mais no mercado brasileiro. A empresa encolheu nos últimos anos sua linha de produtos aqui produzidos (March, Versa e transferiu Frontier para a Argentina). Ficou apenas com o SUV compacto Kicks, que vende bem. Agora anunciou aporte de US$ 250 milhões (R$ 1,1 bilhão) para modernizar a fábrica de Resende (RJ). Um novo SUV está nos planos. Teria tamanho e preço acima do Kicks. Arquitetura seria compartilhada com a Renault, apesar de a aliança com Nissan-Mitsubishi passar, no momento, por novas rusgas, segundo agências de notícias do exterior.
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