As motos alcançaram, em março, 110,1 mil unidades emplacadas, o melhor resultado mensal desde dezembro. A comparação com fevereiro indica alta de 46,8%. A média diária no mês passado superou as 5 mil unidades e cresceu 28% quando comparada à de fevereiro. No trimestre já foram entregues 274,8 mil motos, o que revela alta de 33,7% sobre iguais meses do ano passado.
Este foi o maior crescimento de todos os segmentos analisados pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários e que divulgou os resultados do setor na terça-feira, 5. “Notamos grande utilização de cotas de consórcio e há muitas pessoas trocando o carro pela moto por causa do custo do combustível”, afirma o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior.
Fuga do transporte público
Os serviços de entregas de comida e encomendas também motivam as vendas do setor, segundo o executivo. Andreta Júnior informa, ainda, que a migração do transporte público para a motocicleta é outro motivo que mantém o setor aquecido, sobretudo nas motos de baixa cilindrada (até 250 cc) e scooters.
O crescimento poderia ser maior, mas foi afetado pela Yamaha, cuja produção está parcialmente comprometida desde o começo de março por falta de componentes eletrônicos vindos da Ásia. A vice-líder de mercado acumula 50,4 mil motos emplacadas no trimestre, anotando crescimento de 22,4% sobre iguais meses de 2021 (portanto abaixo da média de 33,7%). Como comparação, a líder Honda teve 205,1 mil motos emplacadas no período e anotou acréscimo de 37%, puxando o mercado para cima.
Fonte: Automotive Business
