Por George Guimarães
Com apresentação confirmada para outubro, o WR-V estará de volta ao mercado brasileiro após intervalo de quatro anos. E agora, de fato, como um SUV e não apenas como a versão “anabolizada” do Fit que foi fabricada entre 2017 e 2021.
A primeira geração teve a maioria das unidades fabricadas em Sumaré SP. A próxima sairá da planta de Itirapina, também no interior paulista, e desde 2022 a única unidade industrial de automóveis da Honda no País, base produtiva do City, City Hatch e HR-V, com os quais compartilha plataforma.
O novo modelo ingressará no meio da linha de produtos, abaixo do também utilitário esportivo HR-V e acima da família City, com alguma sobreposição de preço com versões topo do hatch e sedã. Deve custar algo acima de R$ 130 mil até uns R$ 150 mil ou mais um pouco, a depender da versão.
Pela faixa de preço, perfil de produto e do próprio mercado interno atual, onde os SUVs respondem por mais da metade das vendas de automóveis, é sério candidato a assumir a condição de veículo mais vendido da marca, que negocia ainda aqui os importados CR-V, ZR-V e Accord, trio de participação diminuta.
De qualquer modo, líder ou não, o novo WR-V terá papel muito mais relevante nos licenciamentos da Honda do que seu antecessor, que, ao longo de cinco anos corridos, acumulou pouco mais de 63 mil unidades entregues aos clientes finais e jamais ameaçou o protagonismo do HR-V, também hoje o modelo de maior volume de vendas da marca.
A Honda ainda não antecipou publicamente qual o leque de versões e itens de série do utilitário esportivo compacto que colocará à disposição dos potenciais clientes. Mas, para fazer jus à cultura da marca, não deverá “inventar” nada.
HR-V: vendas cresceram 30% no ano
Assim, o conjunto mecânico é o mesmo dos irmãos de Itirapina e que congrega motor aspirado 1.5 flex de 126 cv e câmbio CVT. A opção mais cara, dificilmente não contará com pacote completo de sistemas de auxílio à condução.
O desenho, conhecido há bom tempo em outros mercados, como o indiano e japonês, caminha pela sobriedade que caracterizou muitos veículos Honda, para não dizer a maioria, ao longo da história.
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Novamente, a aposta maior será na imagem de qualidade e confiabilidade do que propriamente no arrojo de estilo evidenciado pelos concorrentes, como, por exemplo, o novo Nissan Kicks e outros projetos em andamento e prestes a chegarem ao mercado nos próximos meses.
O WR-V estará nas lojas em momento favorável para a Honda, que, de janeiro a agosto, vendeu 65,6 mil veículos no Brasil, 5,3% do segmento de automóveis, a oitava maior participação. Cresceu, assim, 19% ante média de 3% do mercado.
Só do HR-V foram 40,1 mil licenciamentos. O número representa avanço de 30% diante das 31,1 mil unidades vendidas em igual período do ano passado, o dobro do índice registrado pelo segmento de utilitários esportivos em igual período.
Fonte: AutoIndústria – Foto: Divulgação
