Como diz o ditado: na crise, tem quem chore e quem venda lenços. A brasileira Wings, fornecedora de centrais multimídia e de infoentretenimento para carros, parece pertencer ao segundo grupo. A empresa surgiu como solução ainda mais relevante diante da crise dos semicondutores e prevê crescimento de 400% em seus negócios em 2022.
No ano passado, quando montadoras chegaram a concentrar a produção em carros com baixo conteúdo tecnológico porque não tinham componentes, os produtos da Wings ganharam espaço nas concessionárias para os clientes que faziam questão de mais eletrônica embarcada.
A empresa aponta ter sido capaz de manter o ritmde fornecimento porque tem produtos flexíveis e que já tinham o uso de chips eletrônicos otimizado. Segundo a companhia, as suas centrais multimídia podem ser equipadas com diferentes tipos de semicondutores, sem dependência pelos modelos específicos que estão em falta no mercado.
“Nossa expertise de mais de dez anos no segmento, aliada à uma solução flexível e o foco no mercado nacional, fez com que conseguíssemos atender aos novos clientes de forma rápida e assertiva, auxiliando para que as produções não ficassem paradas e os clientes sem seus veículos”, apontou em comunicado João Marcelo Barros, cofundador da Wings.
Expansão de 200% em 2021
Ao oferecer uma saída diante da crise de componentes, a empresa firmou novos contratos ao longo de 2021. Segundo Barros, entre os principais acordos estão a parceria com a Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen (Assobrav) e com a Associação Brasileira dos Distribuidores Toyota (ABRADIT) para o fornecimento de centrais multimídias para o T-Cross e o Corolla.
Com os novos contratos, a empresa encerrou 2021 com alta de 200% nas receitas em relação ao ano anterior. “Na nossa linha de acessórios automotivos tivemos um crescimento expressivo decorrente desses acordos fechados para fornecimento de projetos diretos”, diz o cofundador, já se preparando para novos saltos neste ano.
Fonte: Automotive Business