Sindicato confirma que a fábrica vai parar por 20 dias devido à crise dos semicondutores
Mais uma paralisação de linha de montagem atinge a Volkswagen do Brasil. Desta vez será na fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, que terá suas atividades suspensas por mais 20 dias, como confirmou o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau).
A montadora informou ao sindicato que vai conceder férias coletivas a partir do dia 12 de julho. “O novo período de interrupção na produção acontece por falta de semicondutores e de módulos de airbag para montagem dos veículos”, revelou a nota publicada no site do Sindmetau.
Apenas em Taubaté, é a segunda paralisação em um mês para cerca de 2 mil funcionários que trabalham nos dois turnos: a primeira parada foi entre os dias 7 e 16 de junho. Nessa linha de montagem são fabricados os modelos Gol e Voyage.
No último dia 11, a Volkswagen comunicou que interromperia de uma só vez a produção em três das suas quatro fábricas no Brasil por falta de componentes semicondutores. Foram 10 dias em São Bernardo do Campo e São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR), a partir de 21 de junho. Antes, em 31 de maio, a montadora já havia divulgado que pararia as atividades por 10 dias nas unidades de São José dos Pinhais e de Taubaté.
Consultada, a Volkswagen não quis se pronunciar oficialmente sobre a paralisação. A Joyson Safety System, que é fornecedora de 100% dos módulos de airbag, informa que não há falta de módulos para a montagem dos veículos da marca.
A Volkswagen é apenas uma entre várias montadoras que estão sendo severamente afetadas pela crise dos semicondutores. Entre as maiores paralisações, estão a Honda, que precisou interromper a produção do Civic em Sumaré (SP) por duas vezes, e a GM, que já fechou duas plantas diferentes por falta de peças. A unidade de São Caetano do Sul vai ficar parada por seis semanas, em parte também para adequar a linha de montagem à chegada da nova picape baseada na plataforma do Onix. Já a fábrica de Gravataí (RS) está numa situação mais grave, pois está paralisada desde março, o que tem provocado apreensão entre 5 mil funcionários parados, cerca de 2 mil da GM e os demais de 14 empresas fornecedoras do complexo industrial onde é fabricada a linha Onix. A previsão é que Gravataí fique parada por cinco meses e meio.
Fonte: Automotive Business