Vendas do comércio nacional têm alta de 1,1% em abril, diz Boa Vista

A antecipação do 13º salário e a liberação do saque ao FGTS deram um pouco de fôlego ao setor, que no ano acumula crescimento de 1,6%
Vendas do comércio nacional têm alta de 1,1% em abril, diz Boa Vista
Melhora expectativa das empresas com relação ao faturamento

As vendas do comércio nacional cresceram 1,1% entre os meses de março e abril, aponta a Boa Vista, que atribui a alta à antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas somado a liberação do saque ao FGTS.

Essas duas medidas, segundo o ministério da Economia, podem ter beneficiado cerca de 6,1 milhões de trabalhadores, injetando na economia, só em abril, aproximadamente R$ 4,9 bilhões de um total de R$ 30 bilhões previstos até o final do ano.

Segundo a Boa Vista, a injeção desses recursos na economia também deve ajudar o varejo a manter as vendas em patamar um pouco mais alto nos meses de maio e junho, quando R$ 17,9 bilhões e R$ 7,2 bilhões devem ser sacados por 24,9 milhões e 10 milhões de trabalhadores, respectivamente.

Na variação interanual, as vendas avançaram 19,7%. A alta expressiva foi resultado da base fraca de comparação. O resultado do indicador em abril de 2021, por exemplo, ainda estava 31,4% abaixo do nível registrado em abril de 2019, antes da pandemia, e agora essa queda é de 17,8%.

“Vale lembrar que em abril de 2020 foram observadas as maiores quedas daquele período. Desde então, apesar da pandemia estar ficando para trás, o cenário econômico piorou”, informou a Boa Vista.

No ano, as vendas do varejo acumulam 1,6% de alta.

Na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o indicador desacelerou levemente, passando de 1,4% em março para 1,3% em abril.

Na análise da Boa Vista, a tendência é de que o crescimento acumulado em 12 meses continue desacelerando, mas que ainda seja positivo ao final do ano.

“De um lado, os juros devem pesar sobre as categorias do varejo que dependem mais do crédito; de outro, as categorias que dependem menos do crédito têm um obstáculo ainda maior pela frente: a inflação”. 

Fonte: Diário do Comércio – Imagem: Marcelo Soares/DC

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