A venda de caminhões alcançou em julho 11,3 mil unidades, o maior resultado mensal de 2022. O número é 4,3% melhor que o de junho, que também teve 21 dias úteis. No acumulado do ano foram emplacados no Brasil 68,6 mil caminhões, o que indica pequena queda de 1,2% na comparação com os mesmos sete meses do ano passado.
“A demanda se mantém estável e, em julho, muitas unidades que estavam à espera de componentes foram finalizadas e entregues”, afirma José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários e que divulgou seu balanço mensal na terça-feira, 2. A média diária de vendas passou de 517 caminhões em junho para 539,4, em julho.
Mercedes perde mercado na venda de caminhões em julho
É provável que se note uma queda importante nos emplacamentos de agosto, já que a Mercedes-Benz, vice-líder do mercado de caminhões, teve sua produção comprometida durante quase todo o mês de julho por falta de peças.
Devido às seguidas paralisações neste ano, a participação da Mercedes nas vendas do segmento está em queda. Em 2021, sua fatia nos caminhões foi de 29,2% (apenas 0,2 ponto porcentual abaixo da líder, Volkswagen). Mas no acumulado até julho de 2022, a participação da marca da estrela está em 27,6%. A VW mantém a liderança, com 29,3% do segmento.
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Um mês atrás, a falta de componentes eletrônicos em diferentes montadoras levou a Fenabrave a reduzir a expectativa de venda de caminhões de 136,6 mil para 127,3 mil unidades, mesmo número alcançado no ano passado. Os caminhões mais afetados pela falta de peças são também os mais vendidos. Trata-se dos modelos pesados, com Capacidade Máxima de Tração (CMT) acima de 45 toneladas.
Fonte: Automotive Business