Por Décio Costa
Omercado de caminhões no mês passado registrou ritmo maior nas vendas ao anotar 9.679 unidades emplacadas, alta de 8,79% em relação ao volume de agosto, quando somou 8.805 licenciamentos.
De acordo com avaliação da Fenabrave, a surpresa positiva no desempenho mensal pode ser justificada, em parte, pelo maior número de dias – 22 contra 21 -, além de possíveis entregas programadas anteriormente.
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“Altas taxas de juros e crédito restrito ainda seguem inibindo as compras. Mas ela nossa experiência, encomendas feitas ainda no primeiro semestre podem ter se concentrado em setembro e o favorecido o resultado”, resumiu Marcelo Franciulli, diretor executivo da federação, durante apresentação dos números de licenciamentos de veículos na quinta-feira, 2.
O dirigente admite ser uma suspeita e não uma tendência, afinal, o segmento de caminhões segue desaquecido. Ao comparar o volume de setembro com o mesmo mês do ano passado (11.150 unidades), a baixa foi de 14,09%.
No acumulado dos nove meses, o transportador de carga absorveu 81.843 caminhões, vendas 7,58% menores em relação ao que registrava há um ano (88.553).
“A indústria de transformação e o agro não têm estimulado a renovação das frotas. Também com a sinalização do Banco Central de não mexer na Selic até o fim do ano, não se enxerga mudanças no atual cenário”, observa Fanciulli.
Sob essas condições, a Fenabrave mantém a projeção de queda de 7% nos emplacamentos de caminhões no encerramento de 2025 que, se concretizada, acumulará 113.552 unidades emplacadas.
Fonte: AutoIndústria – Foto: Divulgação Philips