Sem autopeças e sem oficinas, não se movimenta o Estado e a economia. O setor automotivo move, sobre rodas, alimentos, produtos e a riqueza do Estado e País
Por Karin Fuchs
Desde o início da tragédia no Rio Grande do Sul, o Sincopeças-RS tem trabalhado incansavelmente para auxiliar as vítimas e dar todo o apoio aos seus associados. O sindicato representa 20 mil CNPJ’s em 490 municípios do Estado. Segundo dados da Defesa Civil do RS foram 447 municípios afetados pelas fortes chuvas, de um total de 497 municípios em todo o Estado, que passarão por três fases: salvamento/acolhimento, limpeza e contabilidade de prejuízos, reconstrução e recuperação da economia.
Para as empresas do setor, o Sincopeças-RS encabeçou uma campanha nacional, junto ao Sincopeças Brasil, para arrecadar verbas que serão destinadas paras elas. “Em um primeiro momento, os recursos serão aplicados para limpeza dos empreendimentos e depois na reconstrução. Estaremos juntos ao setor em todas as fases. Estamos realizando esta campanha em parceria com a ASDAP – Associação Sul-Brasileira dos Distribuidores de Autopeças”, afirmou Marco Antônio Vieira Machado, presidente do Sincopeças-RS. Para participar da campanha, a chave PIX é o CNPJ: 92961523000112.
Em depoimento ao Balcão Automotivo, disse Ricardo Krolikowski, diretor do Sincopeças-RS, “o Rio Grande do Sul vive uma catástrofe jamais experimentada, que afetará gravemente toda a sociedade gaúcha: pessoas, famílias, empresas, entes públicos, assim como atingirá o mercado independente de autopeças e serviços. Uma situação ímpar, a qual demanda o sindicato exercer o seu real papel de representar um setor”.
Ele contou também que “o Sincopeças-RS está aportando todo o seu potencial vinculado à CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e ao Sistema Fecomércio-RS, Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS, que congrega todos os Sindicatos do Comércio, inclusive o Sincopeças-RS. “Em sintonia com estes canais, a entidade está buscando ajuda necessária para o setor junto aos poderes públicos, visto sua missão de representante legal”.
Simultaneamente, o Sincopeças-RS está fazendo um chamamento a todos os players do setor (fabricantes, distribuidores, lojistas, oficinas mecânicas). “Buscando uma solução nunca antes necessária devido ao momento único e desafiador. Todas as ações irão congregar os participantes do segmento para auxiliarem na reconstrução de toda a cadeia de fornecimento. Sem autopeças e sem oficinas, não se movimenta o Estado e a economia. O setor automotivo move, sobre rodas, alimentos, produtos e a riqueza do nosso estado e País”, enfatizou Krolikowski.
Entre outras ações do Sincopeças-RS
– Transferência de recursos: A entidade está destinando recursos as equipes de suporte para comprar aquilo que não chega como doação como combustível para quem entrega doações, combustível para lanchas e barcos de resgate, além de itens que chegam em menor quantidade como luvas, escovões e vassouras.
– Ponto emergencial de recebimento de doações: O Sincopeças-RS, em parceria com a Autorede, buscou por um espaço no município de Novo Hamburgo, onde recebeu doações que estão sendo destinadas para funcionários das empresas afetadas e comunidades próximas das empresas atingidas, principalmente Vale do Taquari e Vale dos Sinos.
– Convenções Coletivas de Trabalho Emergenciais: A entidade também está fechando Convenções Coletivas de Trabalho emergenciais para auxiliar o setor a manter empregos.
– Tributos: Junto à Fecomércio-RS, o Sincopeças-RS está trabalhando para a retenção e controle de recursos e postergação do pagamento de tributos. Dentre as solicitações ao Senado e à Câmara dos Deputados, destacam-se a disponibilização de linhas de financiamento extraordinárias para reconstrução e capital de giro, com atenção à capacidade das empresas em prestar garantias reais, a interrupção e a postergação de obrigações tributárias, abrangendo tanto a tributação de bens e serviços quanto sobre a folha de pagamentos (depósitos no FGTS e Contribuição Previdenciária Patronal) e medidas de flexibilização trabalhista, como a possibilidade de aplicação do banco de horas para períodos em que as empresas estejam impedidas de funcionar, de antecipação de férias e auxílio para o pagamento de salários por parte do Governo Federal.
Fonte: Balcão Automotivo
