Sincopeças Brasil planeja capacitação híbrida para Vendedores de Autopeças


Norma ABNT teve objetivo de padronizar as habilidades básicas para o desempenho da função na contemporaneidade, bem como proporcionar segurança e assertividade aos vendedores no dia a dia (Por Lucas Torres jornalismo@novomeio.com.br)
Sincopeças Brasil planeja capacitação híbrida para Vendedores de Autopeças

O vendedor de autopeças é considerado um elemento chave para o ecossistema do aftermarket automotivo. Empresários e especialistas do varejo não hesitam em destacar a importância deste profissional na personificação da identidade da loja e na construção de relacionamento com seus clientes.

Já para executivos da indústria e importadores de autopeças, eles representam, muitas vezes, espécies de embaixadores informais das marcas ao endossarem a qualidade do produto junto a reparadores e donos de veículos. Importante lembrar que vendedores de autopeças são tanto os balconistas que atendem pessoalmente o público nos pontos de venda quanto os operadores de telemarketing, que fazem as transações por telefone – só para citar os mais conhecidos. Sabedor da importância desta figura para toda a cadeia, o Sincopeças Brasil liderou uma articulação ampla com profissionais do mercado, varejistas, atacadistas, indústrias de autopeças, instituições de capacitação, entidades e profissionais da imprensa especializada para criar, em novembro de 2021, a 1ª Norma Técnica para Qualificação Profissional de Vendedor de Peças e Acessórios para Veículos.

O documento, disponível na íntegra para aquisição junto à ABNT, teve – segundo o presidente do Sincopeças Paulista, Heber Carvalho – o objetivo de padronizar as habilidades básicas para o desempenho da função na contemporaneidade, bem como proporcionar segurança e assertividade aos vendedores no dia a dia. Entre as principais mudanças promovidas pela norma esteve a nomenclatura oficial destes profissionais. No esboço da proposta, a norma seria direcionada aos balconistas de autopeças. No entanto, com o objetivo de abranger todos aqueles que comercializam os componentes automotivos, o escopo foi ampliado para os vendedores como um todo. Mas que fique claro: a denominação ‘balconista de autopeças’ em nenhum momento deixou de existir em razão da norma. Muito pelo contrário, estes profissionais estão entre os que se beneficiarão do texto publicado pela ABNT. A ampliação desta abrangência da norma, segundo o presidente do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão, representa sobretudo a saída de uma postura mais passiva para uma abordagem efetivamente ativa. Nas palavras da norma, o profissional evolui do estágio de ‘atender a necessidade do cliente’ para um estágio em que é preciso ‘entender e colaborar’ com a resolução desta necessidade.

Definidas as competências, é hora de capacitar

Saber o que se espera de um profissional alinhado com as necessidades atuais do mercado é apenas um primeiro passo. Afinal, sem o direcionamento e a prática orientada, o vendedor de autopeças acaba sendo colocado em uma posição de ‘aprender a ser efetivo com base no empirismo’, algo que, a bem da verdade, já era a prática mais comum no mundo das autopeças muito antes do surgimento da norma. Diante desta constatação, o diretor da Alvarenga Projetos Automotivos, Luiz Sérgio Alvarenga, juntamente com o Sincopeças Brasil, passaram a buscar modelos para oferecer uma capacitação acessível para os balconistas de autopeças do país. “A norma estabelece o eixo estrutural para a qualificação do vendedor de peças e acessórios, mas não sua capacitação. Tornou-se vital que as indústrias e demais empresas que de certa forma desenvolvem cursos, palestras de capacitação, pudessem se balizar por este eixo estrutural, otimizando os investimentos e fortalecendo o crescimento destes profissionais”, analisa Alvarenga. De acordo com o especialista, a estrutura do curso parte da constatação de que a indústria deve ocupar o posto de primeiro agente disseminador destes treinamentos, utilizando seu histórico tradicional de ações tecno-comerciais. Para chegar a esta conclusão, a principal entidade nacional representativa do varejo de autopeças teve como base ações concretas realizadas por importantes players do mercado que, motivados pela criação da Norma ABNT, se anteciparam em oferecer capacitações aos nossos balconistas.

Uma das principais referências deste planejamento é o curso EaD lançado pela Nakata ainda em novembro de 2021. Online e gratuita, a capacitação foi dividida em dois caminhos de conhecimento. O primeiro deles se dedicava exclusivamente à parte técnica sobre os sistemas de suspensão e direção. Já o segundo, abordava questões mais ligadas a conceitos e técnicas de vendas. Em conversa exclusiva com o Novo Varejo sobre os planos do Sincopeças para o desenvolvimento da capacitação oficial e inédita, Alvarenga afirmou que o modelo EaD agrada, mas não é o único a ser considerado pela equipe de planejamento. “Acredito muito no modelo híbrido em que os profissionais podem escolher o melhor formato que se adapte as suas necessidades, principalmente após a familiarização ocorrida com as ações virtuais estimuladas diante da pandemia”, pontua o especialista, detalhando as modalidades consideradas na sequência. “Sendo assim, seja presencial, virtual, gravado, ou mesmo combinado, a ideia é oferecer oportunidades diversas para atender o setor em um país com território tão vasto”.

Fonte: Novo Varejo

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