Sincopeças Brasil e IQA devem assinar contrato para certificar profissionais


Principal entidade representativa do varejo de autopeças brasileiro está prestes a firmar um acordo com o Instituto da Qualidade Automotiva para criação de uma certificação oficial aos profissionais capacitados (Por Lucas Torres jornalismo@novomeio.com.br)
Sincopeças Brasil e IQA devem assinar contrato para certificar profissionais

Se a criação da norma é apenas um primeiro passo rumo à adequação dos vendedores de autopeças do país às exigências da contemporaneidade, a oferta de um curso de capacitação é um importante segundo degrau. No entanto, estes ‘estágios’ não são suficientes para garantir a adesão do mercado e, por consequência, uma melhora significativa da qualidade de atuação destes profissionais em todo o território brasileiro. Ciente disso, a cúpula do Sincopeças Brasil incluiu em seu planejamento a construção de gatilhos que possam motivar a mobilização do mercado em torno dos treinamentos.

Neste sentido, segundo Sergio Alvarenga, a principal entidade representativa do varejo de autopeças brasileiro está prestes a firmar um acordo com o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) tendo a criação de uma certificação oficial para os profissionais capacitados como principal motivador para parceria. “Isto (incentivo oficial) é fundamental para o sucesso desta capacitação organizada. E é por saber desta questão que o Sincopeças Brasil encontra-se em fase de assinatura de contrato com IQA com o objetivo de disponibilizar a certificação de competências profissionais para o comércio de peças e que só está sendo possível mediante a publicação da NBR 16.999”, revelou Alvarenga, projetando na sequência: “A própria certificação impulsionará os empresários e os profissionais na busca da capacitação com o objetivo de alcançar a certificação”.

Com a certificação e as modalidades de oferta do curso engatilhadas, questionamos o executivo sobre o que falta para a capacitação sair do papel e chegar definitivamente aos profissionais do aftermarket. Sobre prazos, Alvarenga afirma que a equipe de planejamento está realizando um survey junto à indústria de autopeças a fim de avaliar se as capacitações já disponibilizadas pelos fabricantes podem contemplar aquilo que seria um ‘currículo oficial’ para o atendimento da Norma, algo que, segundo ele, estimularia o desenvolvimento de novas frentes pelo próprio mercado. “Dito isto, o Sincopeças Brasil estima que para 2023 já devemos ter algo devidamente estruturado”, projeta Alvarenga. Já em relação ao planejamento da grade curricular das capacitações a serem consideradas ‘oficiais’, o diretor da Alvarenga Projetos Automotivos pontua que ela deve atender todas as frentes da norma, conferindo aos profissionais uma imersão em competências como:

– Conhecimento do produto;

– Avaliação correta; –

Procedimento de garantia;

– Entendimento do funcionamento do veículo;

– e Atendimento ao consumidor.

Por fim, questionado sobre o quanto o atual quadro de balconistas está distante do ‘mundo ideal’ projetado pela Norma, Sergio Alvarenga foi otimista e afirmou ver com bons olhos a matéria-prima a ser lapidada pelos treinamentos planejados pelo Sincopeças Brasil. “Acredito que muito dos apontamentos elencados na Norma já sejam atendidos pelos profissionais, mas que precisam ser ordenados conforme a própria Norma apresenta. Então, não se trata de preencher lacunas, mas de organizar aqueles que já atuam no mercado e também oferecer uma diretriz para os entrantes, sendo necessário todo apoio da indústria com sua rede de distribuição nesta direção”, diagnostica Luiz Sérgio Alvarenga.

Será que você e/ou sua equipe estão preparados para atender todas as orientações do Sincopeças Brasil para os vendedores de autopeças?

Conheça algumas exigências da Norma Técnica ABNT 16.999 e avalie! Competências profissionais Atender o consumidor: entender o tipo de cliente, sua necessidade e ser capaz de colaborar em encontrar uma resolução.

  • Conhecer o produto: conhecer os itens que compõem o conjunto, bem como os códigos fornecidos pelo fabricante e os itens correlacionados.
  • Entender o funcionamento do veículo: conhecer os sistemas dos veículos, seus principais componentes e o vocabulário dos tipos de peças e acessórios.
  • Avaliar a aplicação correta do produto: saber consultar o catálogo, lendo-o e interpretando-o.
  • Saber manusear catálogos eletrônicos, bem como os impactos ambientais e a segurança de todos os itens fornecidos.
  • Saber consultar a garantia dos produtos: interpretar as informações presentes nas embalagens, bem como conhecer as condições de garantia com base na legislação vigente.

Escolaridade

A escolaridade mínima para vendedor(a) de peças e acessórios para veículos corresponde ao quinto ano do ensino fundamental 1, tendo como base os seguintes critérios para a consideração de um vendedor apto a atuar com independência: Em caso de sua formação se limitar ao quinto ano do ensino fundamental: 1 ano como ajudante de vendedor ou 6 meses como vendedor Em caso de ensino médio completo: 6 meses como ajudante de vendedor ou 3 meses como vendedor Em caso de ensino fundamental completo com curso profissionalizante na área de vendedor de peças e acessórios de veículos: 3 meses como ajudante de vendedor ou 1 mês como vendedor.

Fonte: Novo Varejo

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