Balanço divulgado pela Bright Consulting indica desacelaração das vendas de carros premium em novembro, mas no acumulado do ano o segmento segue com desempenho acima do mercado como um todo, com expansão de 3,9%, três vezes o índice da média, que ficou em 1,3%.
Foram emplacados 4.095 veículos leves de luxo no mês passado, o que representou queda de 18,9% em relação a outubro (5.047 unidades) e de 7,6% sobre o mesmo mês do ano passado (4.432 unidades). O menor número de dias úteis – 19 contra 23 – explica em grande parte o resultado.
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Nos 11 meses, contudo, as vendas do segmento atingiram 47,7 mil unidades, versus as 45,9 mil unidades de janeiro a novembro de 2024.
No mês passado, a demanda no varejo totalizou 2.953 unidades, enquanto as vendas diretas foram da ordem de 1.142 unidades, com menor participação no total (23,4%) do que em outubro (29,6%).
Segundo a Bright Consulting, “o varejo cresceu pouco no ano e caiu com força em novembro, o que indica um consumidor de alta renda mais seletivo, alongando decisão de compra e reagindo a preço, juros e condições de troca”.
No ranking por marca, a BMW abriu distância sobre as demais enquanto a Volvo e a Mercedes-Benz perderam terreno. O Top 5 (veja abaixo) concentra 90% do mercado premium:
- BMW – 1.480 (36,1%)
- Mercedes-Benz – 724 (17,7%)
- Volvo – 684 (16,7%)
- Audi – 489 (11,9%)
- Porsche – 355 (8,7%)
No comparativo mensal, a BMW ampliou market share de 30,2% para 36,1% e a Audi de 9,1% para 11,9%. Também a Ferrari teve desempenho positivo, de 0,1% para 0,3%. Em contrapartida, a participação da Volvo Car baixou de 19,4% para 16,7%, a da Mercedes-Benz de 19,6% para 17,7% e a da Porsche de 10,1% para 8,7% ;
Os líderes de mercado são os modelos BMW X1 e 320. “O mix mostra um premium claramente ancorado em SUVs e crossovers, que juntos superam 70% das vendas. Sedãs seguem relevantes, mas em segundo plano, enquanto hatchbacks e SW praticamente desaparecem do mapa”, informa a consultoria.
Com relação aos eletrificados, a Bright destaca que eles seguem centrais no premium, mas não repetem mais o “salto” de anos anteriores:
“A metade eletrificada do mercado convive com outra metade a combustão que ainda tem grande peso, e o desempenho de novembro mostra que o segmento é sensível a preço, disponibilidade e campanhas, não uma trajetória de crescimento linear”, reforça a consultoria.
Fonte: AutoIndústria – Foto: Divulgação/BMW
































