“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Salão de Veículos Elétricos mira nos híbridos e tem presença tímida de montadoras

05/09/2022

Evento de mobilidade elétrica acontece no Expo Center Norte, na capital paulista

A 17ª edição do Veículo Elétrico Latino-Americano abriu as portas nesta quinta-feira, 1, no Expo Center Norte, em São Paulo. A feira, que vai até o próximo sábado, 3, traz novidades para o segmento e pretende aproximar empresas e seus respectivos executivos de lojistas, varejistas, distribuidores e atacadistas. São cerca de 60 expositores, e a organização estima que cerca 8 mil pessoas visitem o evento.

Embora ofereça ao público test-drive de carros elétricos, como o Volvo XC40 Recharge, e agracie a audiência com divertidos test-rides em motos 100% elétricas, a feira tem mais estandes focados em serviços e componentes do que em veículos leves, levíssimos e pesados.

A Toyota, por exemplo, é das poucas montadoras a ter espaço dedicado na feira. Mesmo assim, a maior estrela de sua área, o Mirai, só fica em exposição no primeiro dia.

No salão dos veículos elétricos, híbridos são as estrelas

Pavilhão reúne empresas de serviços e fabricantes de carregadores, além veículos eletrificados

No entanto, os que anseiam por produtos não ficarão a ver navios. Há a possibilidade de conhecer o Tesla Model S Plaid, o primeiro ônibus elétrico com chassi próprio da Marcopolo, o Audi e-tron GT e outros modelos já estabelecidos em nosso mercado, como o SUV chinês BYD Tan.

Além disso, curiosos e entusiastas poderão se inteirar sobre inúmeras soluções em eletromobilidade. Os expositores explicam e falam das nuances de seus produtos e discutem sobre infraestrutura e outros pormenores referentes ao segmento.

Caminho rumo ao “100% elétrico” é longo

Em paralelo ao VE Latino-Americano ocorre o Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos C-MOVE. Foram debatidas questões relevantes para o segmento, como os caminhos da América Latina para a eletromobilidade, e os desafios das montadoras na trilha rumo à eletrificação.

No congresso, que vai até esta sexta, 2, fica evidenciado que o caminho do Brasil rumo a uma frota 100% elétrica é longo. Muito longo. As montadoras seguem apostando numa transição morosa, que leva em consideração o sistema híbrido flex

“Para o tamanho do volume de mercado que pretendemos atingir, a hibridização é um primeiro passo, com destino à eletrificação”, diz Pedro Betancourt, da Great Wall Motors. “Em um país de tamanho continental, como o Brasil, entendemos que, dependendo da área, os consumidores terão a sensação de dirigir um elétrico ou um híbrido”, complementa o executivo. 


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Thiago Sugahara, gerente de assuntos governamentais da Toyota, faz coro: “O objetivo é trabalhar a descarbonização. Trabalhamos com a descarbonização de acordo com as particularidades de cada país e região”. O executivo salienta, ainda, que “os clientes têm demandado cada vez mais carros híbridos” no Brasil, algo que é reverberado por Luís Rezende, presidente da Volvo Cars para a América Latina.

Rezende, contudo, tem desafio distinto com relação aos executivos das demais companhias. Sua empresa pretende ter todo o portfólio 100% elétrico até 2030. Por isso, reforça que o país, para “não perder dez, quinze anos” no desenvolvimento de uma tecnologia híbrido flex que somente lhe atenda, deva se tornar “um polo de produção de baterias para o mundo” e “voltar a ser um grande exportador”.

Mesmo assim, a jornada até tal objetivo será árdua, sobretudo se levarmos em consideração o panorama apresentado no VE Latino-Americano que, mesmo, promissor, ainda se mostra incipiente.
A Raízen, por exemplo, empresa licenciada da Shell, tem como grande vedete de seu estande a estação de recarga rápida Shell Recharge.

É muito positivo que tal empresa, e outras companhias do ramo de combustíveis, já enxerguem o veículo elétrico como um filão a ser explorado. No entanto, bombas de gasolina e etanol, por ora, ao menos no Brasil, não correm risco de extinção.

Fonte: Automotive Business

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