As vendas do varejo da capital paulista perderam ritmo no início de março. Elas recuaram 11,9% na primeira quinzena do mês, na comparação com igual período de fevereiro. A informação é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, a perda do poder aquisitivo das famílias, por conta do aumento da inflação, e o desemprego ainda em nível elevado, influenciaram essa queda no desempenho das vendas. “Tem ainda a elevada taxa de juros, que prejudica o crediário e encarece os financiamentos, inibindo as compras”, disse o economista.
O contexto macroeconômico não é favorável ao consumo, mas a expectativa da ACSP é que medidas do governo voltadas à injeção de recursos na economia possam reverter esse quadro.
“A tendência de queda nas vendas pode ser revertida pelos saques do FGTS e a antecipação do 13º dos aposentados, a partir de abril, medidas que devem injetar quase R$ 90 bilhões para o consumo”, diz Gamboa.
Em relação a março de 2021, o levantamento da ACSP aponta que houve crescimento de 15,2% na primeira quinzena desse mês. A alta, nesta comparação, é consequência da flexibilização das restrições para as atividades econômicas. Em março de 2021 o comércio estava submetido a restrições que impediram seu pleno funcionamento.
Fonte: Diário do Comércio