Empresa apoia iniciativas para o público feminino, que consome cada vez mais as picapes da marca
Por Vitor Matsubara
Faz cinco anos que a Stellantis apostou no potencial de crescimento da Ram no Brasil. A estratégia deu certo e a marca vive seu melhor momento no país em 2024. Com números acima das expectativas da própria fabricante, mais de 22 mil unidades já foram vendidas até setembro deste ano.
Parte desse feito passa pelo sucesso entre os consumidores do agronegócio, que enxergam as picapes da marca como símbolos de luxo e tecnologia capazes de aguentar o trabalho no campo.
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Essa percepção se estende ao público feminino, que se interessa cada vez mais pelos modelos da marca. Foi para se aproximar desta importante fatia de consumidores que a Ram está no Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, o maior evento dedicado às empreendedoras e entusiastas do setor no país.
“Existe uma tendência de crescimento de pequenos negócios, ou mesmo o processo de sucessão de quem trabalha com o agro, inclusive com as mulheres tomando à frente dos negócios das famílias. Por isso, decidimos falar com o público feminino em um território que tem tudo a ver com a Ram, que é o agro”, afirmou Carla Freire, diretora de desenvolvimento da marca Ram no Brasil.
Mulheres são cada vez mais importantes para a Ram
Carla é uma das várias lideranças femininas à frente da fabricante no país. A forte presença não é surpreendente para uma empresa comandada por uma mulher. Christine Feuell é a CEO global da Ram desde junho de 2024, quando substituiu o aposentado Timothy Kuniskis.
Para ela, as mulheres estão cada vez mais próximas da Ram, sendo que muitas são proprietárias de picapes da marca.
“Existem fã-clubes de mulheres que são donas e dirigem as picapes grandes, como a 2500 e a 3500. Não gosto de comparar porque o maior percentual é masculino, mas existe uma participação feminina expressiva, seja como clientes ou mesmo na decisão de compra porque, ainda que o veículo seja de uso compartilhado, a mulher é quem dá a palavra final em muitos casos”, ponderou Carla.
Marca patrocina eventos voltados para o público feminino
O potencial do público feminino também foi destacado por Juliano Machado, vice-presidente da marca Ram para a América do Sul.
“Descobrimos alguns números interessantes, como o fato da maioria das propriedades do Brasil estão em nome das mulheres e a maioria dos alunos das escolas de agronomia e veterinária são do sexo feminino”, revelou.
Antes de ingressar no congresso, a Ram entrou no universo feminino do agronegócio com o patrocínio aos eventos organizados pela Associação Nacional dos Três Tambores (ANTT), que reúne competidoras da modalidade de três tambores, uma das principais dentro da programação dos rodeios e de esportes realizados a cavalo.
“É uma oportunidade de dar o papel de protagonismo que a mulher merece, e é uma chance de fomentar projetos desse tipo”, acredita a diretora de desenvolvimento da marca.
Rampage caiu nas graças das mulheres
Embora tenha uma clientela importante nas picapes grandes como a 2500 e a 3500, a Ram viu suas vendas explodirem com a estreia da Rampage em 2023. E, claro, não seria diferente entre as mulheres, como revela Carla.
“O trabalho de construção da marca foi traçado com as importadas, mas a chegada da Rampage ajudou a ampliar nossa presença porque ela é, de fato, um sonho acessível com as características dos produtos da Ram. Nós já prevíamos um potencial de atração das clientes de SUVs, algo que se concretizou por causa de qualidades compartilhadas entre esses segmentos, como a posição mais elevada de dirigir e outros atributos que as mulheres valorizam”, completou a executiva.
Juliano também comentou a boa aceitação da Ram Rampage entre as mulheres que fazem parte do agronegócio.
“O agro está totalmente relacionado às picapes e quando trazemos um modelo com acessibilidade maior, seja pelo lado financeiro ou por espaço mesmo, a Rampage contribui muito. Nossos dados mostram que a Rampage vende muito para as mulheres que estão em empresas do agronegócio, como grandes químicas e empresas que fornecem sementes para o agro”, afirmou.
Nova 1500 deve ajudar a bater meta do ano
Embalada pela boa fase, a Ram estabeleceu objetivos ambiciosos para os últimos meses de 2024.
“Minha meta é 28 (mil unidades). O mercado deu uma reduzida especialmente nos veículos mais caros, mas vamos tentar fazer mais 2 mil carros em cada um desses três meses que faltam para o fim do ano”, declarou Juliano.
O vice-presidente da marca Ram afirmou que, apesar dos posicionamentos distintos, o sucesso da Rampage ajuda a puxar as vendas do restante da gama. Uma das apostas para atingir sua meta é na nova 1500, que já tinha 450 pedidos antes mesmo de sua chegada às revendas.
“Felizmente as importadas vão meio que na inércia. Nossa comunicação é muito pouca de produto e mais focada na marca, e quando fazemos isso falamos de todo o nosso guarda-chuva de produto. Acabamos de lançar a 1500, que terá alguns emplacamentos em dezembro e, embora infelizmente não temos mais a Classic, acredito que a Rampage vai cobrir bem esse buraco no mercado”, declarou Juliano.
