O mês de julho foi de alta nos licenciamentos de veículos, impulsionada por dois fatores principais. Primeiro, os dias úteis a mais. O outro, efeito imediato do Programa Carro Sustentável, publicado pelo governo na primeira quinzena do mês.
Segundo os dados do Renavam informados pela Fenabrave, associação que reúne as concessionárias, em julho os licenciamentos de veículos leves (automóveis + comerciais) chegaram perto das 230 mil unidades.
O número aponta alta discreta de 1,1% ante julho de 2024, mas de 13,7% de crescimento na comparação com junho.
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Para a Fenabrave, os números foram impulsionados pelos três dias úteis a mais em julho na comparação com junho. Mas também pelo Carro Sustentável.
Fenabrave aposta em ritmo de alta nos licenciamentos de veículos
O programa do governo, que reduz a carga tributária de automóveis mais eficientes, teria antecipado a decisão de compra por parte dos consumidores. E seus impactos continuarão sendo sentidos no segundo semestre, acredita o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior.
“A nova política de IPI para automóveis impactou os preços dos veículos de entrada, o que estimulou a demanda já no mês da sua implementação e deve refletir nos emplacamentos do restante do ano, fazendo com que o setor mantenha o crescimento estimado pela Fenabrave, de 5%”.
Só os licenciamentos de veículos de entrada das marcas participantes do Programa Carro Sustentável, de acordo com dados da entidade, aumentaram 11,3% em julho de 2025 sobre julho de 2024.
“As reduções no IPI impactaram, diretamente, os modelos de entrada. A resposta do mercado foi rápida, o que mostra a sensibilidade ao preço e à previsibilidade tributária”, diz Arcelio Junior.
No geral, mercado tem recuo
Na soma de veículos leves e pesados (autos, comerciais, caminhões e ônibus, forma mais de 212 mil licenciamentos em julho. Isso representa pequena alta de 0,8% na comparação com o mesmo mês de 2024 e de 14% em relação a junho.
No acumulado do ano, os licenciamentos de veículos leves e pesados somam 1,44 milhão de veículos. Isso significa aumento de 4,1% em relação ao janeiro-julho de 2024.
